Clique para ampliar
A emissão eletromagnética foi produzida por uma forte explosão ocorrida junto ao grupo de manchas solares 1158, apontadas diretamente na direção do nosso planeta. Além da radiação, a explosão provocou uma espécie de tsunami que "chacoalhou" a atmosfera da estrela e produziu uma grande ejeção de massa coronal que nos próximos dias deverá atingir a alta atmosfera da Terra.
Essa massa de partículas é composta de bilhões de toneladas de gás ionizado que se desloca a mais de 2 milhões de quilômetros por hora. Quando atinge a camada mais alta da atmosfera, excitam os átomos de oxigênio e nitrogênio, provocando as fantásticas auroras boreais.
De acordo com dados registrados pelo satélite geoestacionário GOES-10, o fluxo de raios-x atingiu o nível "X" da escala de intensidades. Como as ondas eletromagnéticas se propagam muito mais rápido que as partículas que ainda estão se aproximando, o nível da emissão no comprimento de onda dos raios-x permite estimar o tamanho da tempestade geomagnética que deverá atingir a Terra.
Normalmente, emissões de nível X são capazes de provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. Quando a emissão é muito intensa, as tempestades geomagnéticas também podem causar danos em equipamentos eletrônicos sensíveis e até mesmo provocar problemas no fornecimento de energia elétrica caso as correntes elétricas sejam induzidas nas linhas de transmissão.
Para acompanhar o nível da atividade solar, clique aqui.
Ilustrações: No topo, o grupo de manchas solares 1158. A explosão ocorre
quando a energia aprisionada magneticamente sobre as manchas solares é
repentinamente liberada. Na sequência, gráfico mostra o pico no fluxo de
raios-x detectado pelo satélite GOES-10, no comprimento de onda de 8
Angstroms, às 01h56 UTC (23h56 pelo horário de Brasília). Créditos:
NASA/Solar Dynamics Observatory (SDO) / SWPC (Centro de Previsão de
Clima Espacial dos EUA) / Apolo11.com