Em 07 de agosto
(1825 UT), os campos magnéticos das manchas solares em torno de 1093
tornou-se instável e explodiu, produzindo um alargamento da classe
M1 forte solar. Solar Dynamics Observatory da NASA gravou um filme
ultravioleta extremo de todo o evento:
EXTRA! SOLAR RÁDIO
explosões: O flare produzido explosões de rádio intensa detectáveis
por simples receptores de ondas curtas na Terra. No Novo México,
rádio amador astrônomo Thomas Ashcraft pegou fortes emissões em
torno de 21 megahertz. "Escute
alguns dos sons que saíam dos alto-falantes", diz ele. "Esta foi uma
crise complexa e muito emocionante. Mas ainda é pequeno quando
comparado com o material que está por vir no futuro, quando o ciclo
solar 24 se intensificar.
Ouça o Sol
Nasa divulga
gigantesca proeminência na superfície solar
Nasa divulgou nesta quarta
(21/04/2010)
imagens inéditas de tempestades solares.
Satélite SDO tem objetivo de ajudar a prever tempestades repentinas.
O núcleo do sol ocorrem constantes reações que liberam prótons e
elétrons dispersos que são atraídos por outros campos magnéticos e
os acumulam, pois essas regiões possuem uma espécie de capa fria e
escura formada por partículas não renovadas que as envolve.
O grande acúmulo de prótons e elétrons ao pressionar essa capa
consegue abri-la originando a tempestade solar. A tempestade então é
a liberação de todas as partículas acumuladas magnetizadas e
superaquecidas por meio de uma grande explosão.
Esse ciclo de liberação e acúmulo de partículas ocorre por 11 anos
sendo que ao completar esse período a tempestade é lançada no
sistema solar e pode trazer danos ao planeta como tirar os satélites
de sua órbita, bloquear comunicações, prejudicar astronautas em
órbita, danificar serviços GPS, de celular e redes elétricas. A
tempestade solar também pode produzir auroras no céu fora dos locais
em que normalmente ocorrem.
O
Sol parece realmente querer mostrar que não está dormindo. O
telescópio espacial Tesis registrou na segunda passada a maior
tempestade geomagnética do sol desde outubro de 2008, segundo os
dados do Instituto Russo de Física Lebedev. Desta vez sua força
alcançou o nível 7 numa escala de 10, e sua fase ativa se prolongou
das 10:00 às 19:00h. Sem dúvida foi o maior nível registrado nesse
período de um ano de meio.
A preocupação dos
cientistas se baseia em que tempestades geomagnéticas poderosas
podem influenciar os sistemas de navegação e emissão de rádio. Esses
movimentos não são um bom presságio, principalmente numa era onde
começamos a estar cada vez mais dependentes da navegação por
satélites, sem contar nas catástrofes que podem ocorrer nas grandes
cidades do mundo que podem ficar sem luz e energia elétrica.
Apesar desta última
tempestade ter sido totalmente inesperada segundo os russos, ainda
não se tem notícias de desastres relacionados diretamente com o
assunto.
Os cientistas prevêem um
período de grandes tormentas solares . Durante um período de
atividade solar se produzem com frequência erupções violentas no
Sol. As labaredas solares e as muitas explosões, conhecidas como
ejeções de massa coronal , lançam foton de alta energia e
matéria altamente carregada até a Terra m sacudindo a ionosfera
do planeta e o campo geomagnético, afetendo potencialmente as
centrais de energia elétrica , as comunicações , satélites , GPS
, atingindo também os astronautas com a radiação.
O
SOL ACORDOU
Sol acorda e manchas do tamanho da Terra já causam tempestades
Ao
que tudo indica, o longo período de calmaria por que passa o Sol
pode estar com os dias contados. Na noite de ontem (15/dez/2009),
uma grande erupção no disco solar provocou uma forte ejeção de massa
coronal que está se dirigindo diretamente em direção à Terra. A
explosão foi registrada pelas lentes do observatório espacial SOHO e
suas partículas deverão chegar ao nosso planeta na sexta-feira.
A ejeção de massa coronal, ou CME, ocorreu ontem (terça-feira) às
23h20 pelo horário de Brasília e produziu um flare de classe C-4 de
longa duração, provocado pela erupção do campo magnético ao redor do
novo grupo de manchas solares 1035. As manchas surgiram na
segunda-feira e já apresentam sete vezes o tamanho da Terra, podendo
ser facilmente observadas através de telescópios de pequeno porte.
Como as manchas estão voltadas diretamente para a Terra, a ejeção de
material foi disparada nesta direção e apesar de serem fracas
poderão causar tempestades geomagnéticas e provocar auroras austrais
nas latitudes médias e altas do nosso planeta.
Flare Solar
Flare ou rajada solar é uma explosão que acontece quando uma
gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos,
geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.
Quando ocorrem, produzem enorme emissão de radiação que se espalha
por todo o espectro eletromagnético, desde a região das ondas de
rádio até a região dos raios-X e raios-gama.
Como conseqüência, ocorrem as chamadas Ejeções de Massa Coronal, ou
CME, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de
toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam a
marca de dois milhões de quilômetros por hora. Nesta velocidade, as
partículas ejetadas levam cerca de três ou quatro dias para cruzar
os 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8
Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse
clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno em algumas
categorias ou classes.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior
atividade podem provocar blecautes de radiopropagação que podem
durar diversas horas ou até mesmo dias.
As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam
blecautes de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões
polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de
Classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis
aqui na Terra e também as mais comuns.
Tempestades geomagnéticas
A maior parte das partículas altamente carregadas que foram ejetadas
são desviadas quando chegam próximas à magnetosfera da Terra. No
entanto, parte dela consegue furar o bloqueio e atinge as camadas
superiores da atmosfera e se chocam com os átomos de oxigênio e
nitrogênio, produzindo radiação no comprimento de onda da luz
visível e que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta
Esse efeito luminoso é chamado de Aurora e são mais intensas quanto
maior for a atividade solar. Quando ocorrem próximas ao polo norte
as auroras recebem o nome de "auroras boreais" e quando se dão
próximas ao pólo sul recebem o nome de "auroras austrais".
O astrônomo David Whitehouse,
autor do livro The Sun: A biography, publicou um artigo no jornal
britânico The Independent sobre um tema que vem cada vez mais
preocupando climatologistas ao redor do mundo: a baixa atividade
solar e sua relação com as mudanças climáticas.
A idéia de um sol mais ‘calmo’ e as suas conseqüências para o clima
já vem sendo utilizada como argumento por céticos e críticos do
aquecimento global que questionam até que ponto as previsões de
mudanças climáticas se concretizarão. Ainda, destacam alguns deles,
se a Terra esfriar mesmo com o acúmulo de dióxido de carbono (CO2)
na atmosfera, qual seria a verdadeira influência do efeito estufa no
clima?
O sol é formado em sua grande parte por hidrogênio na forma de
plasma, que, de tempos em tempos, devido ao movimento de rotação e
ao efeito de seu próprio magnetismo, liberam grande quantidade de
energia, inclusive com a expulsão de matéria da fotosfera (a camada
visível do Sol). Esse fenômeno recebe o nome de mancha solar (sunspot).
Quanto maior a freqüência dessas manchas, mais alta é a atividade
solar, e mais energia a Terra recebe do astro.
Em 2008 foram registrados 266 dias, ou 73% do ano, sem a localização
de manchas solares. Até o dia 31 de março de 2009, foram 70 dias sem
elas ou 87% do ano. Para se ter uma idéia, a menor incidência de
manchas foi 1913, com 311 dias sem o registro de atividades desse
tipo.
“Este é o sol mais ‘quieto’ que qualquer pesquisador vivo já
presenciou”, afirmou o cientista solar da Nasa, David Hathaway.
“Desde o começo da era espacial tivemos geralmente o sol em alta
atividade, sendo que cinco dos dez mais intensos ciclos solares que
se tem notícia aconteceram nos últimos 50 anos”.
Incertezas
O astrofísico de Havard, Willie Soon, explica que o sol obedece a
ciclos de geralmente 11 anos. Por volta do ano 2000, teria ocorrido
um período de máxima atividade solar e, agora, estaríamos diante de
um ciclo de baixa. “Mas ninguém sabe quanto tempo um ciclo pode
durar ao certo. Podemos ter um período longo sem manchas solares e
que denunciam uma pequena movimentação solar. Isso já aconteceu no
passado, entre os anos de 1645 e 1715, no que ficou conhecida como
pequena Era do Gelo”.
De acordo com a Nasa, a tecnologia moderna ainda não pode prever o
que virá a seguir. Modelos científicos de uma dúzia de físicos
solares estão em conflito sem conseguir chegar a um consenso sobre
quando o período de baixa atividade irá acabar e quando começará um
novo ciclo.
O cientista de projetos do Observatório de Dinâmica Solar da Nasa,
Dean Pesnell, afirma que não há como fazer projeções exatas, porque
ninguém entende completamente a física dos ciclos solares.
“É a primeira vez na história que realmente estudamos uma baixa
atividade solar. Eu mesmo acredito que veremos uma reação no fim do
ano, possivelmente atingindo um novo ponto máximo de atividade em
2012 ou 2013. Mas sei que posso estar enganado”, afirma Pesnell.
As conseqüências da pequena atividade solar ainda não são plenamente
entendidas e podem vir a afetar de maneira inesperada as projeções
das mudanças climáticas.
Para Soon, 2009 será um ano de temperaturas médias abaixo do comum,
assim como já foi 2008. E que diante disso, as teorias do
aquecimento global, ou pelo menos suas previsões, poderiam ser
revistas.
“Se a atividade solar persistir baixa por muito tempo e o planeta
esfriar mesmo com os níveis de CO2 subindo, a sociedade precisará
rever os conceitos. Na minha opinião, este é um período que nos dirá
muito e será extremamente útil para a ciência e para a sociedade”,
concluiu Soon.