Nordlyset endret seg hele tiden. Foto: Trym Norman
Sannes
Tsunami solar dispara jato de plasma rumo
à Terra
Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/08/2010
Tsunami solar dispara jato de plasma rumo à Terra
Todo o lado do Sol virado para a Terra experimentou um tumulto de
atividades em cadeia, criando uma erupção solar de classe C3 - um
autêntico tsunami solar.[Imagem: NASA/SDO]
Depois de um longo período de dormência, o Sol pode estar acordando.
Na madrugada de domingo (01/08), todo o lado do Sol virado para a
Terra experimentou um tumulto de atividades em cadeia, criando uma
erupção solar de classe C3 - um autêntico tsunami solar.
O jato de plasma deverá chegar na Terra na manhã desta quarta-feira,
dia 04 de Agosto.
Ejeção de massa coronal
O fenômeno gerou múltiplos filamentos magnéticos, que se elevaram da
superfície estelar, uma agitação em grande escala da corona solar,
explosões de ondas de rádio e uma ejeção de massa coronal.
Esta erupção solar em larga escala - catalogada pelos cientistas
como Mancha Solar 1092 - ejetou toneladas de plasma (átomos
ionizados) para o espaço interplanetário.
E esse plasma está dirigido diretamente no rumo da Terra, onde
deverá chegar criando um show espetacular de luzes na forma de
auroras boreais e austrais.
Infelizmente não é só isso. Os efeitos poderão ser sentidos também
pelos sistemas de comunicação, principalmente via satélite, e até
mesmo pelas redes de distribuição de energia.
Tsunami solar
Observar o Sol entrar em erupção numa escala global entusiasmou a
comunidade internacional de físicos, que agora dispõem também do
observatório solar SDO, da NASA.
Os cientistas acreditam ter dados suficientes para tentar decifrar a
complexa sequência de eventos, detectando sobretudo os eventos
primários que deram origem à tsunami solar.
Tsunami solar dispara jato de plasma rumo à Terra
A mancha solar foi tão grande que pôde ser vista sem o auxílio de um
telescópio solar. Oleg Toumilovitch, na África do Sul, fotografou o
evento com uma câmera digital comum. [Imagem: Oleg Toumilovitch]
Quando uma erupção desse tipo, chamada de ejecção de massa coronal,
chega à Terra, ela interage com o campo magnético do nosso planeta,
potencialmente criando uma tempestade geomagnética.
As partículas solares guiam-se pelas linhas desse campo,
dirigindo-se para os pólos da Terra, onde colidem com átomos de
nitrogênio e oxigênio na atmosfera, que em seguida brilham na forma
de luzes dançantes, as auroras.
As auroras são visíveis normalmente apenas em altas latitudes,
embora, durante uma tempestade geomagnética, as auroras possam
também iluminar o céu nas latitudes mais baixas.
Ciclos do Sol
O Sol tem um ciclo regular de atividade que dura em média cerca de
11 anos.
O último máximo solar ocorreu em 2001, o que tornou seu mínimo mais
recente particularmente duradouro e com atividade abaixo da média
mesmo para esses mínimos.
Esta erupção em larga escala é um dos primeiros sinais de que o Sol
pode estar acordando e caminhando para um outro máximo.