A INVERSÃO
DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
O campo magnético da Terra
inverte-se a intervalos de tempo que vão de dezenas de milhares até
muitos milhões de anos, com uma média de intervalos de cerca 250,000
anos. Acredita-se que a última inversão ocorreu há cerca de 780,000
anos e é referida como a Inversão Brunhes-Matayama. As inversões de
campo do passado são registradas nos domínios magnéticos
"congelados" nas lavas solidificadas que se espalharam ao longo do
chão dos oceanos; como o chão dos mares se espalha a ritmos
razoavelmente constantes, isso resulta em largas bandas de
estratificação desses marítimos chãos a partir dos quais é possível
interpretar as direções dos campos magnéticos do passado. Na
história da Terra, e pelo menos por uma vez, o campo magnético teve
uma direção constante durante um período de 30 milhões de anos
(Cretáceo longo normal).
O mecanismo responsável pelas inversões geomagnéticas não é bem
compreendido. Alguns cientistas produziram modelos para o núcleo da
Terra nos quais o campo magnético é apenas quase estável e os pólos
podem migrar espontaneamente de uma orientação para outra no decurso
de um punhado de milhares de anos. Outros cientistas propõem que o
geodínamo primeiro se desliga, ou espontaneamente ou devido a
qualquer ação externa como o impacto de um cometa, reiniciando-se de
novo com o pólo Norte apontando para cima ou para baixo. Quando o
Norte reaparece na direção oposta, isso é interpretado como uma
inversão, ao passo que o desligar seguido de regresso à mesma
direção é chamado de excursão geomagnética.
Atualmente, o campo magnético está a ficar cada vez mais fraco a um
ritmo que, a continuar, provocará o desaparecimento do campo, embora
temporariamente, por volta do ano 4000 AD. Outras fontes colocam o
colapso do campo em data tão próxima como 3000 AD. A deterioração
começou aproximadamente há 150 anos e tem-se acelerado durante os
últimos anos. Até hoje, a intensidade do campo diminuiu de 10 a 15%.
Contudo, deverá notar-se que ninguém sabe se o decaimento do campo
continuará no futuro. Igualmente, e dado que nenhum humano observou
uma inversão do campo magnético, é difícil dizer quais as
características do campo magnético que podem levar a tal inversão.
"Algumas
inversões ocorreram num pequeno intervalo de 10000 anos umas das
outras", diz o cientista Gary Glatzmaier de Los Alamos, "e existem
outros períodos em que não ocorreu nenhuma inversão por dezenas de
milhões de anos" Como é que estas inversões acontecem, e por que em
intervalos tão irregulares? Os dados geológicos, inestimáveis para
mostrar o que aconteceu, só registram silêncio quando se trata das
questões mais profundas.
Links:
http://ask.yahoo.com/ask/20010419.html
http://www.zapper.xitizap.com/xitizap%2014/page4.html
http://www2.uol.com.br/sciam/edicoes_an ...
s_036.html
http://www.es.ucsc.edu/~glatz/geodynamo.html
http://www.usp.br/agen/repgs/2006/pags/022.htm
http://www.on.br/pergunte_astro/indice_ ...
id_tema=54
http://www.psc.edu/science/glatzmaier.html
http://www.guardian.co.uk/science/2004/ ...
n.research
Artigo do Marcelo Gleiser:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=29881
http://www.popa.com.br/imagens/ac/polo-norte.htm
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