Qilaut, o Tambor Esquimó, chamado o “Tambor do
Vento”, é um círculo que não tem começo nem fim, no
qual todos nós pertencemos. Somente “O Homem Que nos
Criou” – “O Grande Criador” – empunha o cabo, e toda
vez que Ele toca no aro, Ele escuta a batida do
coração da humanidade. Quanto mais forte o coração
bate, mais saudável está a humanidade.
Existe uma antiga prece que diz: Meu desejo é que
nós todos tenhamos uma forte batida do coração –
então juntos poderemos ser saudáveis – e uma vez que
a batida do coração é sua, toda vez que você falar
com seu coração, ele sempre falará de volta. Então,
agora, a lição para você e para eu aprender é:
escutar nossos corações.
Venha ouvir e sentir o efeito poderoso do Qilaut
quando tocado por Angaangaq da forma que só ele o
faz, no Intensivo ou como um Guardião da Sabedoria.
Sabedoria do Gelo
Derreter o Gelo no Coração do Homem é o
ensinamento do povo Esquimó-Kalaallit,
uma cultura pacífica de milhares de ano de idade e
que nunca conheceu a guerra. Ele nos convoca a
transpor a distância de nossas mentes aos nossos
corações, com firmeza e suavidade; com compaixão e
amor; com coragem e elegância, trazendo
transformação pessoal e cura mundial para os tempos
que virão.
Chegou a hora de unir nossas vozes e nossos
corações, percorrer nossos caminhos espirituais de
uma maneira sensata e restaurar o equilíbrio que tem
estado ausente na Terra. Nós não podemos esperar.
Através de nossos Círculos de Cura, nós criamos
experiências que nos permite viver mais
compassivamente, transformando o nosso mundo, pessoa
por pessoa, derretendo o gelo no coração do homem.
Sirmiq Aattuq
Sirmiq Aattuq é
comprometido em preservar a Mãe Terra e todos aqueles
que nela vivem, criando Círculos de Cura através dos
ProgramasIntensivos e pela nossa participação em
simpósios internacionais e programas de preservação e
educação ambiental, isto é, do Programa Guardiões da
Sabedoria.
Nós não somos governados por, engajados com, ou
licenciado por nenhuma instituição religiosa ou
política, ou com qualquer país ou organização
multinacional.
Os círculos criados através do Sirmiq Aattuq
são fundamentados nas práticas e ensinamentos do povo
Esquimó-Kalaallit, uma cultura pacífica que nunca
conheceu guerra. Enraizada em tradições milenares, os
ensinamentos falam da nossa necessidade de transformação
pessoal e mundial para os tempos que estão por vir.
Nós estamos no meio de um despertar, e, em nenhuma
época da história, a Mãe Terra precisou que seus filhos
cuidassem tanto dela, como no presente. Antigas
profecias de todas as culturas em volta do mundo, nos
alertam sobre uma mudança global dramática e o fim do
calendário, como nós o conhecemos. A calota de gelo, lá
longe no norte Ártico, está descongelando numa
velocidade alarmante, ameaçando o mundo com
conseqüências que sequer imaginamos. Nós estamos sendo
confrontados com a responsabilidade moral de nos
orientarmos para uma evolução espiritual e planetária
mais positiva.
É tempo de olharmos com os olhos da fé para nosso
futuro e acreditarmos que poderemos fazer a diferença.
Se tivermos esperança, há um potencial para uma
extraordinária mudança – tudo irá sobreviver. Os Anciões
nos ensinam que se nós retomarmos a harmonia em nossas
vidas, descongelando o gelo em nossos corações, nos
reconectando uns aos outros, nós sobreviveremos. É
chegado o momento de usar este conhecimento para
socorrer a humanidade.
Profecia e Ciência
Os Anciões dizem que Um Dia, quando o
Mundo mais precisar, o Fogo Sagrado voltará para
Casa do Povo no Topo do Mundo.
Por milhares de anos, o povo do Norte alimentou
suas fogueiras com óleo de origem animal, como a
foca e o golfinhos árticos. Os animais deram
suas vidas para que as pessoas tivessem luz e
calor. Agora o clima está mudando e as árvores
estão crescendo novamente. O tempo é chegado
para que o Fogo Sagrado seja aceso com madeira
da Mãe Terra.
Os Anciões dizem que como nós sabemos, o
calendário chegará ao fim. O que isto quer
dizer? Nós agora temos Primavera, Verão, Outono
e Inverno, e elas não mais existirão. E quando
você pergunta o que vai ser – eles respondem
‘ninguém sabe’.
O GELO está derretendo
De acordo com os dados
científicos, o gelo na Groenlândia está
derretendo numa razão três vezes mais
rápida, do que era há apenas cinco anos
atrás.
Junto com a Antártica, a
Groenlândia é a maior reserva de água
doce natural da Terra e assegura cerca
de 10 por cento da reserva do mundo. O
aumento do fluxo de água doce natural
está começando a mudar a composição das
correntes de água salgada do oceano que
circundam a Europa norte-ocidental
A superfície da calota polar
da Groenlândia que está derretendochegou a 57milhas cúbicas por
ano entre Abril de 2002 e Novembro de
2005, comparada com cerca de 19 milhas
cúbicas ao ano entre 1997 e 2003.
A calota polar da
Groenlândia está derretendo tão
rapidamente, que está desencadeando
terremotos, conforme pedaços de gelo com
tamanho de muitos quilômetros se
quebram. Os cientistas que monitoram
este evento dizem que a aceleração deste
fato pode ser catastrófica, em termos da
elevação do nível do mar.
A água derretida está
escorrendo para baixo da geleira,
criando um lago de 500 metros de
profundidade, que está permitindo que a
geleira flutue sobre a terra. Esta água
derretida está lubrificando a geleira,
como óleo aplicado à uma superfície, e
permitindo que ela se desloque para o
mar. Isto está causando uma maciça
aceleração do derretimento, que pode ser
catastrófico.
A Groenlândia sozinha contem
quantidade de água suficiente para
elevar o nível do mar por cerca de sete
metros em todo mundo.
A Humanidade está perdendo sua reserva de
água doce. A povo das Maldivas já está
procurando por uma terra mais alta. Lugares como
Londres, Nova York, parte da Flórida, a Holanda
e muitos outros, ficarão sob as águas. Mais da
metade da população global vive junto ou perto
da costa.
Os Antigos dizem: Muitos irão morrer,
muitos outros sobreviverão com dificuldades,
poucos irão viver. O Primeiro
Sinal de Mudança climática na Groenlândia
No inverno de 1963 dois jovens caçadores foram
até a grande muralha de gelo e fizeram sua
cerimônia. Eles olharam para cima e notaram água
gotejando do Grande Gelo. Quando eles voltaram
para a vila, os Anciões não acreditaram neles. A
temperatura tinha estado abaixo de –30o C (-22o
F) por três meses. Água não escorre a estas
temperaturas. Mais tarde naquele inverno, os
próprios Anciões foram caçar, foram até a grande
muralha de gelo e viram que realmente alguma
coisa estava muito errada – alguma coisa que
afetaria todo o mundo. Hoje este pequeno
gotejamento cresceu para barulhentos rios de
água vertendo do gelo para o oceano. Sinais adicionais de
Mudança Climática
Agora pássaros como os tordos viajam
para lugares tão longe no norte, aonde
não existe nome para eles na língua
nativa.
A neve na Groenlândia tem mudado. Os
iglus não podem mais ser construídos. Os
caçadores têm que comprar e carregar
tentas pesadas.
O gelo está muito mais fino, têm
havido muitas, muitas pessoas se
afogando, porque o gelo não mais os
sustenta.
Os animais não voltam mais para as
mesmas áreas.
Lá agora existe nevoeiro em janeiro.
Costumava ser muito frio para nevoeiros
em janeiro. Nevoeiro é tempo de
primavera.
Todo ano no mesmo dia, o sol iria
nascer mais uma vez no horizonte, depois
de um longo inverno. Os Anciões de
Ilulissat na Groenlândia, ao norte do
círculo ártico, dizem que agora o sol
surge no horizonte dois dias mais cedo.
O gelo está derretendo, o horizonte está
mais baixo.
Não existem estradas entre as vilas.
O inverno é a época para viajar. Com os
trenós de cachorros vastas distâncias
podiam ser cobertas sobre o gelo. Agora
o gelo derreteu. A estrada de gelo se
foi.
Implicações Sociais
O índice de suicídio na Groenlândia é um dos
mais altos no mundo. Os caçadores não podem mais
alimentar suas famílias. As esposas agora
precisam sair para encontrar trabalho. Não
existe mais muito tempo sobrando para ficar com
as crianças. Para a Groenlândia, os valores dos
povos indígenas têm ficado indeterminados, pela
ação dos missionários. Estas mudanças sociais
aconteceram em muito pouco tempo.
Qual é o significado
espiritual da mudança climática?
Os animais podem se adaptar. O homem não
pode.
Somente pelo Derretimento do Gelo no
Coração do Homem é que o Homem tem Chance de
Mudar e começar a usar seu imenso Conhecimento
Sabiamente.
Angaangaq
Angakkorsuaq
Angaangaq
Angakkorsuaq é um Esquimó-Kalaallit,
reconhecido como venerável Ancião, título de
honra e respeito, cuja família pertence a
tradicionais curadores do Norte distante, em
Kalaallit Nunaat, a Groenlândia. Seu nome
significa “O Homem que se parece com seu
tio”.
Uncle,(Tio em inglês), como ele
é freqüentemente chamado, transpõe as
fronteiras de culturas e credos nas pessoas
jovens e idosas. Seu trabalho já o levou a
cinco continentes, em mais de 40 países em
volta do mundo, incluindo a África do Sul,
América do Norte, América do Sul, Ásia,
Europa Ártica, Rússia e Sibéria.
Como um curador tradicional, contador de
histórias e portador de um Qilaut (Tambor),
ele conduz Círculos de Cura, Intensivos e
Tendas de Suor, integrando a sabedoria dos
ensinamentos da tradição Inuit, provenientes
da tradição oral de cura do povo
Esquimó-Kalaallit.
Angaangaq é um venerável Ancião,
internacionalmente respeitado, das
Comunidades Nativas do Círculo Polar Ártico,
das Américas do Norte e do Sul e da Europa.
Ele é um Ancião altamente estimado na base
canadense do Four Worlds
International Institute for Human and
Community Development (Instituto
Internacional dos Quatro Mundos para o
Desenvolvimento Humano e Comunitário),
o American Indian Institute
Traditional Circle of Indian Elders and
Youth, (Círculo Tradicional dos
Índios Anciões e Jovens do Instituto do
Índio Americano), o
World Council of Elders (Conselho
Mundial dos Anciões) e o World
Commission on Global Consciousness and
Spirituality (Comissão Mundial em
Consciência e Espiritualidade Global),
atuando como um elo para tribos indígenas.
Ele é também um Ancião para o
Aboriginal Justice Learning Network
(Rede de Aprendizado de Justiça Aborígine),
Justice Canadá (Justiça do Canadá)
e Conselheiro Ancião da mesa de
diretores do Canadian Institute for
Conflict Resolution (Instituto
Canadense para Solução de Conflitos).
Angaangaq é um orador chave em
conferências e simpósios internacionaissobre o meio ambiente e assuntos
indígenas. Ele participa de vigílias
espirituais e pela paz, nas Nações Unidas,
falando nos painéis pela United
Nation Environmental Protection Agency
(Agência de Proteção Ambiental das
Nações Unidas) e Panel on Religion
and Spirituality (Painel de
Religião e Espiritualidade), o
Permanent Forum on Indigenous Issues
(Fórum Permanente de Assuntos
Indígenas) como também no Panel for
UNESCO’s Oceans, Fishers and Hunters
(Painel da UNESCO sobre Oceanos, Pescadores
e Caçadores). Seu trabalho é aclamado por
promover harmonia interracial e
intercultural.
Angaangaq é membro da World
Wisdom Council (Conselho Mundial de
Sabedoria), Ancião da Tribal Link
Foundation, Inc. (Fundação da Liga
Tribal,Inc.) e membro da World
Commission on Global Consciousness and
Spirituality (Comissão Mundial em
Consciência e Espiritualidade Global),
atuando como um elo com tribos indígenas.
Ele é associado a United Religions
Initiative (Iniciativa para
Religiões Unificadas) aliada com as Nações
Unidas, o Club of Budapest
International (Clube Internacional
de Budapeste), The Masters Group
(O Grupo de Mestres), the
Earth Restorations Corps. (Unidade
de Restauração da Terra), e atua no Conselho
de consultoria especial do Jane
Goodall Institute (Instituto Jane
Goodall). Ele é um Ancião associado com a
West Virginia University
(Universidade West Virginia) e
freqüentemente discursa em Universidades e
Faculdades na América do Norte e Europa.
Compartilhar círculos de cura com líderes de
pequenas aldeias e tribos indígenas em todo
o mundo é um dos seus trabalhos mais
gratificantes.
Entre curadores e oradores mundiais,
Angaangaq já dividiu o palanque com: Jane
Goodall, Dr. Phil Lane, co-coordenador do
Four Worlds International & Four Directions,
Chefe Oren Lyons, Guardião da Fé da Nação
Onondaga, Mercedes e Geraldo Barrios, Dr.
Theo Paredes, e o líder espiritual Zulu,
Credo Mutwa. Ele é um amigo querido do Avô
William Commanda, Ancião da Nação Algonquin
e do Circle of All Nations (Círculo de Todas
As Nações) em Otava, Canadá.