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MERGULHE EM TUAS NOVE CAVERNAS

 

Um novo amanhecer me emociona, me desperta, estou comovida em estar viva. Que sorte, que valor, que alegria respirar!

Vou até o espelho e me observo; e vejo um grande tecido celular bem acoplado, são meus cabelos. Cabelos conectados a dispositivos intradérmicos e energéticos, mas energéticos com quem? Com todas as Galáxias. Centros energéticos conectados, para reconectar verdadeiras obras de arte. Se não tivesse cabelo, os pontos energéticos continuariam e continuaria tudo igual.

Atrevo-me a continuar intuindo, me atrevo a saber discernir essas portas. Esses grandes túneis a lugares desconhecidos são meus olhos. Meus olhos me transportam, me fascina o fato de que continuo me olhando e não vejo fim. Porque também meus olhos, esses grandes portais dos túneis do tempo me dizem “que tudo é possível”. E reconectam não com minha Alma, com Almas de Galáxias. E meus olhos, em minha iris vejo plasmados muitos planetas que vivem e vibram mais perto ou mais longe de mim. Vejo plasmadas as freqüências dos radares e ficam impregnadas com pequenas, ou pequenos pontos, e pequenos sinais que me explicam “aonde vai meu Espírito nas noites”.

Continuo me olhando; atentamente observo dois orifícios simpáticos, por onde me preencho, por onde sucede o grande milagre, o grande momento “A Respiração”, respira...

Nem se sabe que parte é essa do ar?

O que é esse éter que inalamos, que inalas?

De onde vem?

Quem se atreveu, antes que tu a inalá-lo?

Será uma flor?

Será quiçá um hipopótamo?

Será um leão?

Será um falcão?

Será um visitante de outro mundo?

Será meu melhor amigo? Ou pior inimigo?

E tudo isso faz parte “da viagem por todos os circuitos energéticos do teu corpo”.

Estamos interconectados, talvez esse éter que inspiramos vem de um formoso lugar, mágico, ou talvez de um lugar trágico, não se sabe. Mas, é muito importante que quando inspires aprendas a guardar o que mais te interessa, aprendas a tirar o que mais queres, “para que esse éter teu vá impregnando, vá deixando suas marcas por todos os Lares onde viaje, com plena e total liberdade”.

Sigo me olhando no espelho; e estes orifícios laterais são curiosos, são intrínsecos, são íntimos, mundos desconhecidos. O som, o ruído que “obra tão magnífica”, que doçura que deleita minha Alma. Escuta esse som “que é somente teu”. O som de “teu silêncio” te faz viajar até um dos lugares que mais necessitas que é a “reconexão com teu próprio interior”, esses tambores que ouvirás, esses sons da Terra que escutarás são “tua verdadeira poesia”, sim, sim, “é só tua”.

Esse palpitar que te funde com “tudo”, com todos os irmãos; seres humanos, animais, Deuses do Fogo, do Ar, da Terra, da Água, do Éter, “todos têm Voz”. Aprende a escutar-los, através daí, ressonarão nos tímpanos de tua Alma, “sons que te farão despertar para que possas voar”.

Fico me olhando no espelho um orifício bastante simpático, é minha boca.

Minha boca me ajuda a poder saborear tudo que tem vida. Tudo que tem vida forma parte de mim, para que todos meus órgãos possam dar-me a oportunidade de viver, bocejos.

Somente através desse grande momento quando como, posso através desses grandes demolidores que são os dentes, são como platinados, estão me ajudando a receber, estão me ajudando a poder transmutar uma energia de um determinado tipo de vida, em quê? Em outra energia que é assimilada em todo meu corpo.

A boca, esse orifício é “a grande chave”, que plasma, que impregna isso, dia a dia, que me ajuda a que todos os órgãos se alimentem de outras vidas e outras energias.

Continuo me olhando no espelho e vejo um orifício muito pequeno, o umbigo. E através do umbigo, meu corpo, meus outros corpos podem viajar a outros lugares. Através do umbigo eu me perdi em outras dimensões. Através do umbigo me dou conta que também me formei de outro corpo que me alimentou. O umbigo, agora, esse pequeno orifício, me serve porque respiram minhas entranhas “de vida da Terra”.

Pelo umbigo me dou conta que não estou só, através dele, sinto que quando durmo outras energias me condensam, me protegem e entram para me dar frutos.

Frutos que me carregam de energias de outros mundos, de Seres Alquímicos do Interior da Terra. Esse DNA que vibra nas entranhas de meu Ser também se alimenta através de meu umbigo.

E continuo olhando meu corpo e tenho um orifício que me une diretamente ao “Útero da Terra”, ao “Útero da Galáxia”. E esse orifício dos meus órgãos reprodutivos é um lugar que tenho que cuidar que tenho que gostar. Ali, toda a energia se desenvolve de uma forma mágica, prevalecedora, dando lugar a uma reconexão com “A Caverna do Mistério da Felicidade”, onde pode transpassar-se o fio da loucura, mas essa Porta da Felicidade é um grande presente de onde se pode acolher uma vida, de onde se pode conectar com os Universos inteiros porque ancorar está permitido em todos seus termos. Este orifício é um “Lugar Sagrado” onde o abuso pode ser, talvez, bastante nefasto para as mulheres.

Mas, com todo respeito, “A Mãe, A Deusa” nos brinda e nos oferece a oportunidade de sermos nós “também Deusas” e vos “também Deuses”.

Este foi um grande e agradável passeio pelos orifícios que me intercomunicam com a vida “daqui e de lá”.

 

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Tradução: Giuliana Nogueira