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CARTA DO MEGARON PARA A IMPRENSA - URGENTE
Date: Mon, 26 Apr 2010 14:22:25 -0400

Repassando 'Carta de Megaron Txukarramae'. Manifestemos Nosso Apoio; façamos chegar ao maior número de pessoas possíveis. Att Liana Utinguassu.
 



Comunicado

Nós lideranças e guerreiros estamos aqui em nosso movimento e vamos continuar com a paralisação da balsa pela travessia do rio xingu. Enquanto Luiz Inacio Lula da Silva insistir de construir a barragem de Belo Monte nós vamos continuar aqui. Nós ficamos com raiva de ouvir Lula falar que vai construir Belo Monte de qualquer jeito, nem que seja pela força!!! Agora Nos indios e o povo que votamos em Lula estamos sabendo quem essa pessoa. Nós não somos bandidos, nós não somos traficantes para sermos tratados assim, o que nós queremos é a não construção da barragem de Belo Monte. Aqui nós não temos armas para enfrentar a força, se Lula fizer isso ele quer acabar com nós como vem demonstrando, mas o mundo inteiro vai poder saber que nós podemos morrer, mais lutando pelo nosso direito. Estamos diante de um Governo que cada dia que passa se demonstram contra nós indios. Lula tem demonstrado ser inmingo número um dos indios e Marci o Meira o atual Presidente da Funai tem demostrado a ser segunda pessoa no Brasil contra os indios, pois, a Funai não tem tratado mais assuntos indigenas, não demarcação de terra indigena mais, não tem fiscalização de terra indigena mais, não tem aviventação em terra indigena. Os nossos líderes indigenas são empedido de entrarem dentro do predio da funai em Brasilia pela força nacional. O que esta acontecendo com nós indios é um fato de grande abandono, pois, nós indios que somos os primeiros habitantes deste pais estamos sendo esquecidos pelo Governo de Lula que quer a nossa destruição, é esta aconclusão que chegamos.

Lider indigena Megaron Txukarramãe
Aldeia Piaraçu, 26 de abril de 2010
Carta para empressa

http://yvykuraxo.ning.com/group/noticiadasaldeias/forum/topics/carta-de-megaron-txukarramae-a?xg_source=activity



em 22.04 - 20:58
Índios suspendem balsa no Rio Xingu contra Belo Monte

Por Fátima Lessa

Em protesto contra o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, realizado em Brasília na última terça-feira, lideranças indígenas do Parque Nacional do Xingu paralisaram o serviço de travessia da balsa no Rio Xingu. Os prejuízos, na opinião do cacique kaiapó, Megaron Txcurramãe, só poderão ser contabilizados a partir de amanhã, quando aumenta o fluxo de veículos que transportam soja e bois. A travessia liga São José do Xingu a outros municípios de Mato Grosso e também do Pará.



A balsa tem capacidade para 300 toneladas (o equivalente a quatro carretas) e serve motoristas da BR-080 na travessia do Xingu, utilizada principalmente para o escoamento da produção e transporte de gado para frigoríficos. O cacique kaiapó Megaron Txcurramãe disse que muitos teriam desistido de usar o serviço porque desde ontem foram informados que a balsa não ia funcionar.

Hoje, as lideranças encaminharam ao comando da Polícia Militar de São José do Xingu um comunicado sobre a paralisação do serviço. "A gente quer fazer um movimento pacífico e por isso pedimos ajuda para que a polícia não deixe os carros descerem para usar a balsa."



No comunicado, eles informaram que iriam fechar a travessia do Rio Xingu na Aldeia Piaraçu por tempo indeterminado. Também comunicam que o motivo do protesto é devido o "leilão realizado de Belo Monte (hidrelétrica do Rio Xingu) a qual não aceitamos esta atitude do governo de manter a construção".



A paralisação do serviço foi uma decisão da lideranças do Parque Nacional do Xingu que acompanharam leilão e ficaram revoltados com o resultado. Eles se dizem indignados com a atitude do presidente Lula e do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcio Meira. As lideranças realizam o protesto com o corpo todo pintado de preto. "A gente pensou que a Justiça iria conseguir barrar a venda, mas não. E a nossa maneira de protestar é fazer ações que tragam prejuízos para branco", disse Megaron. A partir de amanhã são esperados mais 50 guerreiros índios. Também deve chegar os caciques Raoni e Metuktire.

 

 

Índios prometem antecipar protestos contra Belo Monte

Líder indígena está reunido desde a segunda-feira com cerca de 30 lideranças na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, nordeste de Mato Grosso, quase na divisa com o Pará

 

20/04/2010
Por Agência Estado
Ao tomar conhecimento do resultado do leilão da usina de Belo Monte, lideranças indígenas do Parque Nacional do Xingu demonstraram irritação e prometeram antecipar as manifestações de protestos contra a construção da hidrelétrica no Rio Xingu, no Pará, na região de Altamira. A articulação indígena já começou em todo o Xingu. "Na quinta-feira vocês terão notícias da Belo Monte aqui", disse o cacique kaiapó Megaron Txcurramãe. O líder indígena está reunido desde a segunda-feira com cerca de 30 lideranças na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, nordeste de Mato Grosso, quase na divisa com o Pará.

Embora a usina esteja prevista para ser construída no Pará, o cacique Megaron disse que não se pode esquecer que o Rio Xingu nasce em Mato Grosso. Ele acredita que o rio será "atingido em toda sua constituição e todos que dependem dele serão prejudicados". O rio corta o Pará e deságua no Rio Amazonas. Tem 1,8 mil quilômetros de extensão. "Todos os povos indígenas serão prejudicados. Nossa pesca, nossas matas, vai ser muito feio mexer com o rio. Não podemos ficar esperando que governo se preocupe com os índios, por isso não vamos desistir da luta" afirmou Megaron.

O descontentamento dos kaiapós com a construção de hidrelétrica no Rio Xingu é antiga. Há 20 anos, reuniões entre kaiapós e representantes do governo terminaram em cenas violentas. Os caciques Raoni e Megaron, líderes dos Caiapós no Estado, prometeram engrossar os protestos em Altamira (PA) com no mínimo 100 índios considerados "guerreiros". "Mas isso não vai enfraquecer nossas manifestações aqui na Aldeia Piaraçu", observou Megaron.

O cacique Raoni Metuktire disse que a represa pode atingir seu povo. "Estou muito preocupado com o futuro de meus netos, meus bisnetos, por isso luto para manter a terra e o Rio Xingu como são agora".

Hoje, representantes de entidades de movimentos sociais de Mato Grosso que participavam de um ato organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no centro da cidade vaiaram quando souberam do resultado do leilão. "É uma falta de respeito com os povos indígenas que irão ser afetados e além disso é o dinheiro público que está sendo usado de maneira irresponsável", disse o representante do Fórum Permanente de Luta contra a Violência em Mato Grosso, Inácio José Werner.

 

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