Exercício
Para usar uma
mandala como instrumento de relaxamento, focalize o
centro da configuração, excluindo de sua mente qualquer
outro pensamento. Depois de concentrar-se durante alguns
minutos, sua mente se tornará mais calma, sendo o
costumeiro diálogo interno e os pensamentos agitados
substituídos por um agradável estado de tranqüilidade.
Com um pouco de prática, essa técnica elimina
rapidamente qualquer pensamento indesejado. Você será
capaz de ingressar em um estado de consciência relaxado,
no qual o lado direito do cérebro cria prontamente suas
imagens e as idéias e intuições lhe vêm facilmente à
mente.
Inicialmente, os olhos são tentados a divagar e você
terá de concentrar-se para mantê-los focalizados bem no
centro da mandala. O lado direito do cérebro é afeito a
lidar com as formas e a visualizar a imagem como um
todo. Por isso, não é preciso explorar os diferentes
detalhes da mesma. Em contrapartida, o lado esquerdo
quer analisar as formas, contar as diferentes repetições
e, de modo geral, procurar entender qual é a sua lógica.
Mas, com um pouco de perseverança, o lado direito
prevalece e, com isso, você atinge um estado agradável e
repousado, no qual o lado direito pode criar imagens e
trazer-lhe discernimentos livres do costumeiro domínio
do modo de pensar do hemisfério esquerdo do cérebro.
O desejo de compartilhar suas experiências, de ensinar e
orientar outros para as mesmas percepções inspirou a
mística européia Hildegard Bingen a criar mandalas. Por
intermédio delas, Hildegard procurou transmitir sua
compreensão de Deus, obtida em visões místicas. Essa
santa cristã do século XI descreveu a imagem de Deus
como:
"Um trono
real com um círculo ao seu redor, onde se senta uma
certa pessoa viva, cheia de uma luz de maravilhosa
glória. E dessa pessoa tão cheia de luz que ocupa o
trono se estende um grande círculo dourado como o do Sol
nascente. E ele não tem fim."
Em outra
visão, Hildegarda de Bingen disse ter visto uma roda
centrada, como um útero no peito de um ser majestoso.
Ela afirma: "Assim como a roda encerra em si o que está
oculto dentro dela, assim também a Santa Divindade tudo
encerra dentro de si mesma, sem limitações, e também a
tudo excede"*.
As experiências místicas de Hildegarda compeliram-na a
começar um trabalho criativo com textos e ilustrações.
Essa atividade pareceu-lhe servir como uma celebração do
que tinha visto, um modo de fornecer um repositório para
suas experiências luminosas, e uma tentativa de levar
informação aos outros de uma forma que eles pudessem
entender e considerar útil. A criação de mandalas foi
benéfica para a saúde de Hildegarda, que iniciara seu
trabalho muito doente. Quando ela começou com a
atividade das mandalas, os sintomas começaram a
desaparecer.
Muitos foram os místicos europeus que, através da
criação e pesquisas das mandalas, alcançaram estados
mentais superiores. E para percorrer seu caminho,
daremos início a uma serie de instruções para que você,
que está nos acompanhando, possa experimentar por meio
de uma nova exercitação uma outra forma de usufruir o
estado de paz e quietude que o acesso ao lado direito
nos proporciona.
texto
do
http://www.oficinacriativa.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=64:modulo-mandalas&catid=36:cursos&Itemid=62
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