ÍNDICE DE ASHTAR
SHERAN Ashtar Sheran
um pouco da história
Rogério
Chola apresenta uma investigação sobre as origens e influências de Ashtar Sheran.
Ao ler o texto que mostra as origens do contato de Ashtar Sheran com os
terrestres, leve em conta o fato deste texto ter sido publicado
originalmente em um site de Ceticismo.
ASHTAR SHERAN: FATO EVIDENCIADO OU MITO
IDEALIZADO?
Voltando ao tema "Ashtar Sheran" que no idioma Sânscrito significa: “O SOL
QUE MAIS BRILHA”, acreditava-se que a primeira menção a esta entidade teria
sido feita pelo “médium” alemão Herbert Victor Speer, em 1958, líder de um
movimento em Berlim conhecido por "Space Brothers Movment", através da obra
psicografada “A Grande Missão Celeste de Ashtar Sheran”, aonde consta que "Ashtar
Sheran" seria “Comandande-em-chefe da Frota Extraplanetária, da Confederação
Intergaláctica da Grande Fraternidade Branca Universal” mas, a pesquisa mais
atenta mostra que menções a esta entidade foram feitas alguns anos antes
pelo suposto “contatado” norte-americano George W. Van Tassel que era piloto
de testes da Howard Hughes, Douglas Aircraft e inspetor de aeronaves da
Lockheed-Martin, uma das maiores empresas de tecnologia aeroespacial do
mundo. George Van Tassel morava no sul da Califórnia e já aposentado,
começou a fazer “canalizações”e a difundir o chamado contato psíquico com
supostas entidades de origem alienígena.
O
ano era 1952, quando George publicou seu primeiro livro intitulado “I Rode a Flying Saucer”. Neste livro, baseado praticamente nas “comunicações”
psíquicas de George está escrito que o “Comandante Ashtar Sheran” anunciava
sua presença e chegada “oficial” a Terra em 18 de Julho de 1952. Segundo as
descrições do "contatado", "Ashtar Sheran" seria um extraterrestre de nível
"etéreo", ou seja, de consistência puramente em forma de energia, devido a
sua "escala vibratória superior". Também é descrito que “Ashtar Sheran”
teria aspecto andrógeno; com estatura entre 1,90 e 2,20 metros; cabelos
longos e de cor loiro claro ou branco azulado; sua roupa seria formada por
uma espécie de macacão com botas de aspecto dourado; no peito, ostentaria um
símbolo formado por sete estrelas e na cintura, uma espécie de cinto com uma
pedra ou objeto em alto-relevo a mostra. Na verdade, as descrições
atribuídas a este ser são várias, já que a sua forma aparentemente física
variaria de acordo com a galáxia ou Planeta que ele estivesse atuando. Este
ser também se apresenta dizendo estar a serviço de “Sananda”, que seria o
Jesus Cristo que os católicos e cristãos falam, já que para os judeus, não
existia um “Jesus Cristo”, somente uma pessoa conhecida por Ieshu ou Jesus;
o termo “Cristo” é criação do polêmico apóstolo Paulo ou Saulo de Tarso.
Voltando a “Ashtar Sheran”, este ser também diz ser representante das
civilizações extraplanetárias, sendo o “Comandante-em-chefe” da “frota de
espaçonaves confederadas”, entidades esta que seria formada por inúmeras
formas de vida de diferentes civilizações e com as mais variadas aparências
e formas e que decidiu atuar a partir do momento em que habitantes do
Planeta Terra começaram a fazer testes com artefatos atômicos e
termo-nucleares. Algumas das funções mítica deste ser seriam então, a de
enviar mensagens aos habitantes do Planeta Terra, para que estes tomassem
consciência de suas ações; orientar e ajudar durante os períodos de
transição da Terra para uma “dimensão superior” e resgatar seres-humanos que
estivessem “preparados” ou em perigo, para serem novamente recolocados na
Terra, após um inevitável cataclismo que estaria se aproximando. George
acreditava que este ser procedia de Vênus (embora em algumas passagens e
comunicações existe a menção de que “Ashtar Sheran” viria de um Planeta de
nome Methária que orbitária o sistema trinário de Alfa do Centauro), aonde,
esotericamente, existiria um tipo de forma de vida de natureza dimensional e
distinta da humana.
Em 1954 George Van tassel, sob orientação das entidades
que o contatavam promoveu um evento no deserto de Mojave, perto de Landers
na Califórnia, num local denominado Giant Rock que reuniu milhares de
simpatizantes, místicos, curiosos, “contatados”, agentes do FBI e fanáticos
pelo tema. Em 1956, chegou a publicar outro livro, chamado “Into this World
and Out Again”, aonde forneceu mais informações “canalizadas” sobre vários
aspectos filosóficos do mundo. Como a maioria dos “contatados” George Van
Tassel também parece ter sofrido da chamada “Síndrome do Contatado” e
passou a se dedicar à criação de movimentos “cósmicos” e ao desenvolvimento
de aparelhos e instrumentos que teriam a finalidade de ampliar as
capacidades mentais e adormecidas dos seres-humanos (esta, aliás, torna-se
uma prática constante em pessoas que dizem manter contatos com
extraterrestres, aonde estes induzem a construção de aparelhos estranhos que
jamais funcionam ou que empregam conceitos teóricos distorcidos a respeito
de um assunto). Um destes aparelhos denominado “Integratron”, que segundo as
palavras de George Tassel o descreve como: “The purpose of the Integratron
is to recharge energy into living cell structure, to bring about longer life
with youthful energy". Infelizmente esta sua invenção jamais chegou a ser
finalizada e George faleceu em 9 de Fevereiro de 1978. Mas, as investidas de
“Ashtar Sheran” não terminaram por aí. Existe muita similaridade entre os
contatos de George Tassel e um outro famoso “contatado” chamado George
Adamski, polonês que veio para os EUA em 1893 e que também dizia manter
contatos com seres de Vênus e também de Marte e Saturno, sendo que algumas
descrições de "Ashtar Sheran" ditas por George Tassel, se assemelham aos
seres descritos por George Adamski. Curiosamente Adamski morava na
Califórnia e teria começado a ter algumas experiências em 1946. Após seu
famoso contato de 1953, também no deserto da Califórnia(!), Adamski passou a
divulgar uma filosofia messiânica e cósmica, baseada no que os seres lhe
transmitiam, chegando a fundar uma organização denominada IGAP (International
Get Acquinted Program) e um outro culto denominado “Royal Order of Tibet” e
chegou a escrever 3 livros sobre suas aventuras: “Flying Saucers Have Landed”
(1953), “Inside the Space Ships” (1955) e “Flying Saucers Farewell” (1961).
Adamski faleceu em 26 de Fevereiro de 1965. Outro “contatado” famoso também
dos EUA fundou a chamada “Sociedade Aetherius” em 1955, baseado em
informações transmitidas por supostos alienígenas, entre eles, novamente
“Ashtar Sheran”. Coincidência ou não, o nome deste “contatado” era George
King que faleceu em 1997. Aliás estas coincidências de George’s são um tema
interessante, quem sabe para uma próxima oportunidade. Vale observar que
novamente, coincidência ou não foi logo após a produção do clássico filme
“The Day the Earth Stood Still” (O Dia em que a Terra Parou), em 1951 que a
era “moderna” do “contatismo”, aonde seres de aspecto humanóide e com
mensagens de alerta para a humanidade, se iniciou de forma pública e
evidente. Antes disso, um filme francês produzido em 1902 por George Mélies
(outro George!) chamado “La Voyage dans la Lune” (A Viagem a Lua) deve ter
sido o primeiro a falar de contatos entre seres-humanos e extraterrestres.
Uma outra “contatada” famosa, foi a pessoa que na Terra recebeu a
“autorização” da própria entidade "Ashtar Sheran", para ser sua biógrafa
oficial. Me refiro a Thelma Terrel (falecida em 1993), conhecida nos meios
esotéricos e místicos pelo codinome “Tuella” que dizia ter pertencido a
frota de espaçonaves do “Comandante Ashtar” numa existência passada. Como
muitos outros "contatados", Thelma Terrel se auto-intitulava uma pessoa de
origem extraterrestre, acreditando ser uma “entrante” ou “walk-in” .Um dos
livros de Tuella, chamado “Ashtar - Brotherhood of Light” , totalmente
canalizado, descreve que “Ashtar Sheran” é comandante de uma colossal
astronave que está próxima a atmosfera da Terra e que na história da Terra,
ele seria conhecido como sendo o “Arcanjo Michael ou Miguel” citado nos
livros bíblicos e a serviço do “Governo do Grande Sol Central desta
Galáxia”. É importante destacar que toda comunicação mental está sujeita a
inúmeras interferências, advindas de paradigmas, formação moral e cultural
da pessoa que diz estar recebendo a mensagem. Sendo assim, é possível que os
nomes dos supostos extraterrestres possam estar sendo interpretados de forma
errada e contato após contato, a confusão se perpetua.
Segundo alguns seguidores, o melhor
“canal” da entidade “Ashtar Sheran” teria sido o também alemão Hermann Ilg
de Reutlingen, Alemanha, que faleceu em 1999 com 80 anos. Este “contatado”
acreditava estar em contato com os chamados “Santinians”, de onde “Ashtar
Sheran” seria originário e que teriam dito que habitavam o terceiro Planeta
a orbitar a estrela Alfa Centauro A (chamado Methária). Segundo o próprio
“Ashtar Sheran”, este Planeta teria um clima equilibrado e uma fauna/flora
mais diversa do que a da Terra. Os habitantes deste Planeta passariam a
maior parte de suas vidas no espaço, como pesquisadores. A função deles
seria algo parecido com a missão protagonizada pelos tripulantes da
espaçonave “Enterprise” da série “Jornada nas Estrelas”: buscar, reconhecer
e estudar outras formas de vida. Esta civilização teria o desejo de ajudar a
civilização da Terra, sempre respeitando o nosso “livre-arbítrio”, e jamais
nos forçando a algo, como, segundo estes seres, fazem as entidades
extraterrestres de Órion, conhecidos na Terra como “Grays” ou “Greys”. A
entidade “Ashtar Sheran” também teria contatado o alemão Ethel P. Hill e o
suíço Karl Schönenberger.
Esta é a capa da obra “Oahspe”, uma espécie
de bíblia confusa e polêmica |
Neste ponto é bom observar que grande
parte dos “contatados” aqui citados e seus seguidores sempre deixaram claro
que nada tem a ver com uma organização conhecida por “Ashtar Command” ou
“Comando Ashtar” e a personificação que estas fazem da entidade “Ashtar
Sheran”. Esta organização teria sido iniciada por um homem chamado Robert
Short (ou também conhecido por Bill Rose) que era o editor de uma revista
veiculada nos anos 50 chamada “Interplanetary News”. Robert Short era amigo
de George W. Van Tassel e insistia a este que as comunicações de “Ashtar
Sheran” deveriam se tornar populares e comerciais, para que Tassel e ele
ficassem “famosos” e não para trazer alguma verdade ao público, ou seja, o
foco deveria ser lucro para eles. Como George Van Tassel, parecia não
concordar com estes termos, criou o seu próprio “Ashtar Sheran”, através da
organização “Ashtar Command”, o que, segundo as pessoas incumbidas de
preservar o trabalho de George Van Tassel acabou por criar uma aura de
misticismo e fanatismo em torno da figura de uma entidade clonada de “Ashtar
Sheran”, transformando-o num “filósofo metafísico” aonde alguns poucos
“escolhidos” aqui na Terra fariam parte de uma “elite espiritual”. Mais uma
vez a vaidade humana entra em cena.
No Brasil, existem várias entidades e pessoas que dizem manter contato com a
entidade “Ashtar Sheran” e são orientadas a seguir seus ensinamentos. O mais
conhecido e talvez mais antigo seria o CEEAS – Centro de Estudos
Exobiológicos Ashtar Sheran, localizado em Salvador, Bahia e com filiais em
Brasília, São Paulo, Curitiba e Natal. Foi fundado por Paulo Fernandes, em
1973, que teria mantido “contatos” físicos e telepáticos com “Ashtar Sheran”
desde 1969 e teria sido o próprio “Ashtar Sheran” que teria pedido para que
Paulo Fernandes fundasse a entidade com o objetivo de estudar e divulgar a
presença de extraterrestres na Terra e suas supostas mensagens. Hoje a
entidade é coordenada por Ana Santos e Marco Vinicius Almeida e segundo este
a entidade não é nenhuma forma de seita ou religião e também não gosta de
ser vinculada a chamada “ufologia mística”, que cultua “Ashtar Sheran” como
um novo messias, mas acredita na versão que até o próprio Jesus Cristo seria
membro da equipe do “comandante” extraterrestre. Nestes termos, Jesus Cristo
ou “Lord Sananda” seria o representante da Terra na “confederação
intergaláctica”.
Outro “contatado” brasileiro que garante manter contato com “Ashtar Sheran”
é o professor Lúcio Valério Barbosa que reside no Mato Grosso do Sul, aonde
realiza trabalhos na Colônia Boa Sorte. Lúcio diz que esta entidade se
apresenta como sendo “comandante de uma frota de naves estelares em missão
na Terra”. A história é a mesma: poderes paranormais; ajuda humanitária, etc,
tudo “doado” pela entidade. Como curiosidade, no Chile, vive um “contatado”
que diz ser filho de “Ashtar Sheran”, seu nome é Aaron Sheran!
Mas a verdade é que as referências ao nome Ashtar podem estar relacionadas
as descrições feitas pelo auto-proclamado médium e dentista norte-americano,
que vivia em Nova Iorque, chamado John Ballou Newbrough que teria
psicografado ou “canalizado” a obra "Oahspe", no ano de 1882. Nesta obra
John Ballou, que alegava que as “sagradas escrituras” foram reveladas a ele
por “entidades angelicais”, faz referência a estes seres espirituais que
viajariam em naves “etéreas” e que teriam a missão de proteger mundos menos
desenvolvidos. O nome destes seres seriam "Ashar" e o plural seria "Ashars".
As descrições destes seres os mostram como altos, corpo atlético e de
morfologia humanóide, aparência nórdica, cabelos loiros ou alvos e olhos
azuis. Possuem um olhar penetrante e desafiador, sendo que estariam
interessados em pesquisar e compreender as formas de vida existentes no
Universo e assim compreender a sua própria existência. Seriam na verdade
como uma espécie de “antro-arqueo-psico-exo” cientistas! Outra menção
interessante é que existem referências nesta obra a um místico local chamado
de “Sham” que é muito coincidente com o nome que “Ashtar Sheran” designa
para a Terra: o Planeta Shan. Anos mais tarde, John Ballou fundou uma
religião própria, chamada de “Faitismo” (Faithism) a qual, até os dias de
hoje, ainda possui um pequeno número de seguidores. O “Faitismo” e a obra
“Oahspe” não são conhecidas do público em geral, pois não são feitas
propagandas em torno do assunto, permanecendo mais numa condição sectária. A
própria obra “Oahspe” é volumosa, pois contêm mais de 900 páginas e centenas
de ilustrações bizarras e de difícil compreensão.
Outras referências interessantes sobre "Ashtar Sheran", estão nos trabalhos
do peruano Dr. Victor Yañez Aguirre, médico e parapsicólogo do Hospital da
Polícia do Peru, tendo sido ainda presidente da Associação Peruana de
Parapsicologia e presidente da Sociedade Teosófica. Uma de suas pesquisas é
relativa à experiência vivida pelo “contatado” Eugênio Siragusa (mestre do
famoso estigmatizado e que se diz “contatado”, Giorgio Bongiovanni) na
Itália. Os “contatos” de Eugênio Siragusa ocorreram a partir de 30 de Abril
de 1962 aonde ele alegava ter mantido contato com várias entidades de origem
extraterrestre, entre elas "Ashtar Sheran" nos arredores do vulcão Etna
localizado na Sicília. Mais adiante veio a contatar, de forma casual, um ser
chamado "Adoniesis" que também se comunicava de forma telepática e, de
acordo com as descrições do “contatado”, não pertencia à nossa dimensão. As
descrições de Eugênio para "Ashtar Sheran" é a de um ser de aspecto atlético
perfeito, vestindo uma espécie de macacão de cor cinza prateado, com
braceletes luminosos nos pulsos e tornozelos. Ainda segundo Eugênio, o ser "Ashtar
Sheran", acompanhado de seu “primeiro tenente”, o ser “Ithacar” teria dito
que era o “Comandante dos Povos Confederados” em missão sobre a Terra. Disse
que tinha uma importante mensagem para os cientistas e chefes de estados:
que deveriam cessar com todos os experimentos nucleares na atmosfera e no
subsolo e convidava a humanidade do Planeta Terra a viver em paz, justiça e
fraternidade.
Um outro caso pesquisado pelo Dr. Aguirre envolveu o engenheiro Enrique Castillo Rincón na Colômbia que chegou a contatar dois extraterrestres
denominados de "Cromacan" e "Krisnamerk", que se diziam provenientes de um
grupo de estrelas localizadas nas Plêiades. Estes contatos na Colômbia se
iniciaram devido a outra experiência ocorrida em 1973 nos EUA com uma pessoa
de carro que circulava por uma rodovia quando repentinamente, sem razão
aparente, o veículo saiu da pista e colidiu violentamente contra uma árvore.
Imediatamente outros carros próximos pararam na intenção de socorrer o
motorista. Mas qual não foi a surpresa de todos ao ver que não havia ninguém
no interior do veículo. A polícia identificou os restos do carro como sendo
de propriedade de um jovem venezuelano radicado nos EUA. Segundo sua ficha
de estudos e pelos depoimentos recolhidos, o jovem havia sido um brilhante
estudante de engenharia, muito querido pelos seus amigos e colegas e que,
até recentemente, trabalhava numa usina nuclear local.
Durante as semanas seguintes ao incidente, a polícia e autoridades do
governo norte-americano foram mobilizadas na tentativa de elucidar o caso,
mas, após longas e trabalhosas investigações, não conseguiram chegar a
nenhuma conclusão que esclarecesse o mistério. O corpo simplesmente havia
desaparecido. E o pior, o que complicava tudo, era que o desaparecimento não
deixara qualquer vestígio e ocorrera na presença de todos os que naquele
momento transitavam pela rodovia.
As buscas continuaram durante meses, mas sem obter nenhum resultado. As
autoridades haviam comprado uma incômoda dor de cabeça. Os órgãos
diplomáticos exigiam um desfecho e uma conclusão. A pressão dos parentes e
amigos se avolumava.
A família, que morava numa pequena e pacata cidade na periferia de Caracas,
recebeu, algum tempo depois, um comunicado oficial, o qual ratificava as
estranhas condições em que o jovem engenheiro desaparecera. As informações
eram contraditórias e difusas, assim como um tanto obscuras, já que as
autoridades norte-americanas consideravam o sumiço como um caso de
vingança, provavelmente seguido de assassinato. Porém, como não havia um
corpo a remeter, limitaram-se a enviar todos os seus pertences e bens
pessoais. Sem mais esclarecimentos e em vista do ocorrido, os familiares
tiveram de se conformar com a perda.
Sendo espíritas, e insatisfeitos com a cruel e triste forma de terem sido
despojados do seu jovem e querido filho, os familiares decidiram realizar
uma sessão mediúnica, na qual convocariam a alma do suposto falecido para
saber detalhadamente do acontecido e, assim, despedirem-se finalmente,
desejando-lhe os melhores votos de paz e felicidade nessa sua nova
condição! O médium receptor seria um jovem estudante de medicina, amigo e
antigo colega do falecido.
Este é o aparelho denominado “Integratron”,
cuja construção teria sido instruída pela entidade “Ashtar Sheran” |
A expectativa era grande, todos
aguardavam estreitar seus laços com o infortunado rapaz. Conforme o tempo
transcorria, uma curiosa e estranha névoa azulada formava-se ao lado do
sensitivo, assumindo vagarosamente a forma de uma nuvem circular. Essa
forma gasosa emitia uma luz tênue, lembrando fumaça de cigarro iluminada ou
fosforescente que, a intervalos, aumentava sua intensidade. Parecia que
pulsava. Rapidamente a névoa compactou-se formando uma semi-esfera e do seu
interior surgiu uma sombra. Lentamente, do desconhecido, uma forma humanóide
aparecia. Era um ser semelhante a um ser-humano mas de aspecto “angelical”.
O rosto era belo, de traços suaves e bem delineados, mas sem perder o ar
sério e severo. Os olhos eram claros e ligeiramente rasgados, o cabelo era
comprido e loiro, penteado para trás. Seu corpo era proporcional, esguio e
atlético, sua altura beirava 1,80 metros aproximadamente com os membros
perfeitamente normais e mostrando o contorno dos músculos. Vestia-se de
forma simples, ostentando um macacão folgado com as mangas acabando em
punhos apertados, botas semelhantes ao couro, de cano longo sem folga, e um
cinto largo na cintura.
A figura humanóide colocou-se à frente da luz, em pé, olhando sério para o
grupo que, totalmente atordoado, não conseguia compreender o que estava se
passando. O ser de origem desconhecida, olhou para o médium que em seguida
começou a falar, como se estivesse recebendo uma mensagem através da
telepatia: “Não temam, não lhes farei nenhum mal, meu nome é ASHTAR SHERAN,
sou Comandante da frota de espaçonaves de Ganímedes. Seu filho não está
morto e nem perdido, encontra-se entre nós. Veio por livre vontade e deseja
permanecer conosco, não se preocupem pois ele estará bem”. O ser continuou a
falar, oferecendo um panorama de eventos que deveriam se concretizar ao
longo dos anos seguintes até que terminou dizendo: “Estes fatos
[referindo-se à autodestruição da humanidade] serão concretizados como
conseqüência dos seguintes aspectos: aparecerá um líder político no futuro,
dentro do conglomerado social dos países unidos que dominará as massas e
regerá os destinos sociais e econômicos dos demais países. O seu poder
estará auxiliado por mecanismos que ele mesmo colocará em jogo, como
conhecedor das leis metafísicas e, em seguida, se produzirá a invasão dos
continentes. E quero avisá-los que a paz assinada na região que chamam de
Vietnã, servirá de degrau imediato para o conflito bélico seguinte entre
árabes e judeus. A isso se seguirão terremotos que devastarão cidades e que
tentaremos alterar para evitar piores danos” e dito isto, retornou à luz e
desapareceu.
Este incrível acontecimento foi bem pesquisado pelo investigador colombiano
Eng. Enrique Castillo Rincón que, após algum tempo, aproveitaria o
acontecido na Venezuela para fazer uma experiência similar na Colômbia,
reunindo, para isto, uma equipe de sensitivos selecionados, os quais
buscariam entrar em contato telepático com alguma inteligência
extraterrestre e cujos resultados obtidos foram satisfatórios, sendo que
novamente o ser denominado "Ashtar Sheran", voltou a se manifestar.
Outra pesquisa, digna de conhecimento é a que acompanhei bem de perto por
quase 15 anos em torno dos irmãos peruanos Sixto José Paz Wells, Carlos
Roberto Paz Wells e Rose Marie Paz Wells, sendo estes filhos de José Carlos
Paz Garcia Corrochano, fundador do IPRI – Instituto Peruano de Relações
Interplanetárias
Numa das muitas experiências que este grupo alega ter vivido, está uma em
particular que considero interessante em vários aspectos e que se reporta ao
tema que ora desenvolvemos. Estes acontecimentos teriam ocorrido em 1974, no
deserto de Chilca, Peru, aonde uma aeroforma de formato lenticular teria
pousado e dela uma forma humanóide teria surgido e se identificado como
sendo o comandante da frota de espaçonaves que estão destacadas para
trabalhar no Sistema Solar. Seu nome seria ANTAR SHERART, nome muito
parecido ao de ASHTAR SHERAN, que se identificava como comandante da frota
de espaçonaves de Ganímedes, satélite natural de Júpiter.
Segundo as informações fornecidas pela entidade, as sílabas "SH" e "ER" do
sobrenome significam "comando" e "dignidade" respectivamente e a sílaba "SHER"
faria parte da composição de ambos os nomes como indicativo da “função”
desempenhada por estas entidades. As sílabas finais como "ART" e "AN"
determinariam a “jurisdicão”, “alçada” e “competência” de seu comando.
Estes dois nomes em particular têm provocado muita confusão, pelo fato de
serem parecidos.
Porém, a figura de "Ashtar Sheran"
erroneamente ganhou maior abrangência através do espanhol Juan José Benitez
López, que antes de ser um escritor famoso era um repórter desconhecido e
sem expressão de um periódico chamado “Gaceta del Norte de Bilbao”. Quando
as notícias sobre "Ashtar Sheran" e OVNI´s vindas da América do Sul, através
das experiências dos irmãos Wells já estavam chegando na Espanha, Benitez
foi enviado à América do Sul para levantar mais informações. Isto ocorreu
porque a Espanha a pouco havia sido bombardeada com o "ufo-culto" dos "ummitas"
ou "umnitas" e o assunto estava ainda em evidência. Assim o jovem e
pretensioso repórter acompanhou várias experiências de grupos de
“contatados” ocorridos no Peru, Espanha, Venezuela e Colômbia, e foi devido
a isto que escreveu seus dois primeiros livros contando estas aventuras. O
primeiro se chamava “OVNIS: SOS A LA HUMANIDAD” e contava exclusivamente as
experiências dos irmãos Wells que haviam fundado uma organização chamada
“Misión Rama” e que aqui no Brasil ficou conhecida por “Missão Rama” e mais
tarde por “Projeto Amar” e um outro livro chamado “100.000 KM TRAS LOS OVNIS”,
contando mais situações de grupos de contato que ele mesmo teria
investigado. Nestas duas obras foi aonde Benitez misturou muitas informações
e inventou outras tantas que acabaram por dar a entidade “Ashtar Sheran” uma
fama que não existia. Isto nos mostra, através de um exemplo real, como uma
informação errada pode provocar grandes confusões e ainda se transformar
numa espécie de lenda que mesmo com muita explicação e esclarecimento não
consegue reparar os estragos causados.
Outro dado interessante e que
acredito seja de pouco ou nenhum conhecimento reside no fato curioso de quem
em 1973 ou 1974 foi lançado um livro justamente no Peru, chamado "Yo Visite
Ganimede" de Yosip Ibrahim, pseudônimo do “contatado” peruano José Roscielos.
Este livro, segundo o autor, narra suas experiências de supostos contatos
com extraterrestres ("Ashtar Sheran" inclusive) vindos de Ganímedes. Yosip
diz que viajou até Ganímedes em uma nave destes seres, aonde lhe foi
informado a presença extraterrestre desde a antiguidade da Terra (Sumérios,
Egípcios, na Bíblia, etc); as idéias de resgates de pessoas que teriam sido
“eleitas” para serem salvas; as famosas previsões de fim de mundo, que
segundo estes seres, ocorreria em 2001 e outras alegações fantásticas. O
fato é que esta obra foi a que teria influenciado quase todo o país e boa
parte da América do Sul mas, curiosamente, não chegou no Brasil. Sendo
assim, com tantas fontes diversas de informação, resulta difícil averiguar o
que de fato ocorreu naqueles anos e o nível de contaminação que pode ter
ocorrido o fato é que coincidentemente a conhecida “Misión Rama” também
surgiu em 1974 e contando uma história parecida.
Ainda contando um pouco mais sobre Benitez, ao que parece ele teria
manipulado um grande número de informações a seu favor simplesmente para
ficar famoso. É difícil admitir a idéia de que ele, como pesquisador que se
dizia ser, tivesse ignorado a existência deste livro, pois sabe-se hoje que
esta obra chegou a ser bastante comentada no Peru nos anos 70. Tudo parece
indicar que foi mais uma vítima da "doença fatal da certeza" que acomete
muitas pessoas, sejam cientistas ou não e ninguém está livre deste "mal",
que é fácil de ser adquirido; demorado de ser reconhecido e difícil de ser
tratado e eliminado.
O fato é que ainda sobre "Ashtar
Sheran", muitas pessoas públicas, famosas e do meio artístico (inclusive
muitas de nacionalidade brasileira) estão envolvidas em "ufo-cultos" e
outros movimentos de estilo messiânico e escapista. Existem basicamente duas
vertentes de informações sobre a situação do Planeta, do ser-humano e do
provável futuro que nos aguarda e ambas estas vertentes são atribuídas a "Ashtar
Sheran". Este é o ponto que considero crucial para separar o prestável do
imprestável. As informações vindas das duas faces de “Ashtar Sheran” são tão
antagônicas e contraditórias que resulta difícil acreditar que venham da
mesma fonte. Uma das faces desta entidade se apresenta como “comandante” de
uma frota de milhares de naves e distribui promessas de evacuação e resgate
de pessoas aqui da Terra quando a mesma estiver na eminência de uma
destruição total. Um dos projetos criados por fanáticos desta face de "Ashtar
Sheran" seria o chamado "Project World Evacuation", do qual muitos artistas
famosos, como Nina Hagen, fizeram parte e que retiraria da Terra, alguns
poucos "escolhidos" para que escapassem da destruição e voltassem quando a
situação estive normalizada, como se retirar o problema, fosse a solução.
Foram também divulgados vários "mandamentos" do referido ser por diversas
comunidades e agrupamentos esotéricos bem como foram realizadas várias
“previsões” por porta-vozes de "Ashtar Sheran" que, claro, nunca ocorreram.
Talvez uma contribuição negativa que agravou ainda mais o problema tenha
vindo de uma boa intenção de um brasileiro, o falecido radialista e repórter
da Rede Bandeirantes de Rádio e TV de São Paulo, Alexandre Kadunc. Sempre
interessado pelos assuntos metafísicos e pelo fenômeno OVNI e ainda
preocupado com a situação ecológica do Planeta, Alexandre utilizou a imagem
de "Ashtar Sheran" que já estava conhecida como uma espécie de protetor do
Planeta e nos anos 80 começou a divulgar a famosa “Mensagem de Ashtar
Sheran” como forma de chamar a atenção das pessoas para os problemas sociais
e políticos do mundo. Foi assim que muitas pessoas passaram a captar e a
gravar a tal mensagem em seus aparelhos caseiros de gravação. Com o tempo, a
situação começou a ficar conhecida e cada vez mais pessoas apareciam com as
mensagens gravadas, obtidas nas mais diversas situações. Algumas diziam
estar gravando uma música de um disco e a mensagem aparecia quando se ouvia
a gravação; outras diziam que a mensagem aparecia gravada mesmo com o
aparelho desligado da tomada; outras ainda diziam ter recebido instruções do
próprio “Ashtar Sheran” para fazer a gravação; e muitas diziam que um amigo
de um amigo de outro amigo tinha feito uma gravação de algo. Eu cheguei a
analisar várias destas gravações e a quantidade de versões, acréscimos e
cortes em comparação com a mensagem original eram gritantes. Muitas versões
mostravam até os nomes das pessoas que haviam feito a gravação como as
representantes oficiais de "Ashtar Sheran"; outras ainda colocavam atributos
de super-herói a suposta entidade e outros colocavam que a “salvação” estava
em ouvir suas idéias pessoais. Ocorre também que muitas pessoas munidas de
estações de rádio amadoras (rádios piratas, faixa do cidadão – PX, etc),
conseguiam gerar interferências e ter potência suficiente para sobrepujar o
sinal de rádios e assim, conseguir transmitir várias versões da tal mensagem
e, quanto mais perto destas estações irregulares, mais nítido e forte era o
sinal captado. Quantas pessoas conseguiram fazer estas transmissões; quantas
versões existem desta mensagem e quantas pessoas se sentiram especiais,
nunca iremos saber!
Enfim
estava claro e evidente que foi um longo período em que mensagens com um
teor apocalíptico alternavam-se com outras messiânicas, estimulando
gradualmente, e de maneira perigosa, a fantasia e os egos de cada pessoa. A
situação do mundo estava fragilizada politicamente pelo fantasma da chamada
“guerra fria” e a cada dia que passava, muitos ficavam esperando o “apertar
de botões” das duas maiores potências da época, iniciando assim o confronto
nuclear, tão aguardado por uns e temido por outros. Não faltavam pessoas que
já se considerassem diferentes ou escolhidas por "Ashtar Sheran",
sentindo-se seres especiais numa missão mais especial ainda, o que hoje
sabemos tratar-se de um fenômeno conhecido por “dissonância cognitiva”.
Considero importante ter em mente que todo este período de contatismo
poderia ter mesmo sido propositalmente elaborado e utilizado por
inteligências terrestres ou quem sabe extraterrestres, para nos testar,
procurando medir ou conhecer nossas fraquezas. Isto se enquadra no que é
conhecido por PWT (Phsycological Warfare Techniques).
De qualquer forma, as extensões e desdobramentos de alguns grupos que se
dizem ligados a "Ashtar Sheran" e outras supostas entidades são realmente
preocupantes. Estas manifestações servem para corroborar uma hipótese
conhecida desde os anos 70 por quem estuda a UFOlogia pelo ponto de vista
psico-social. Segundo esta hipótese, no caso dos contatados, isto é, pessoas
que não só alegam avistamentos de OVNI’s e seus tripulantes, mas que
passaram a manter contatos posteriores com os mesmos, existe a possibilidade
de que, em existindo realmente extraterrestres atuando, estes estivessem
manipulando seus contatos com seres-humanos com o objetivo de manter o
assunto OVNI desacreditado na sociedade humana e com isto favorecer o “modus
operandi” dos extraterrestres entre nós, em que a clandestinidade parece ter
sido a única forma de fazê-lo e mantê-lo.
Outro fato é que o descaso, desinformação e desinteresse que certos governos
pregam em torno do assunto OVNI e o crescente número de seitas baseadas em
motivos ufológicos é gritante. Como partilho das mesmas idéias e conceitos
presentes na formulação da "Teoria da Decepção", esboçada por Jacques Vallée,
John Kell, Jacques Bergier e outros, que são trabalhos pouco comentados,
considero que existe muita gente interessada em difundir uma antipatia
incontrolada sobre o assunto OVNI e suas manifestações e em contrapartida,
temos um crescente número de abordagens "extraterrestres" disfarçadas em
cultos e seitas. O que resta saber é realmente o porque e até aonde se
consegue vislumbrar isto é mesmo muito preocupante, pois já estamos vivendo
as consequências de tantas mentiras, desinformações e até objetivos escusos
de agências de inteligência pois a medida em que o fenômeno que "não existe"
interage e atinge cada vez mais um público leigo, este mesmo público não
possui nenhuma informação fidedigna, pois a experiência objetiva desse
público leigo é simplesmente interpretada como subjetiva pela comunidade
científica e descartada (pois a ciência é levada a se intimidar com o
assunto). Neste ponto, vemos que a ciência acadêmica passa a se encaixar no
chamado "mito da neutralidade científica", aonde é observado que muitas
vezes o "cientista neutro" é vítima de simpatias ou antipatias incontroladas
e assim, tende a aceitar o que é simplesmente aceito como verdade ou falso
consenso do momento científico em que vive. Se algo viola isto, então só
pode ser mentira ou indigno de interesse científico. Mais uma das armadilhas
de nossa sociedade dita “civilizada”.
E em virtude destas incoerências da racionalidade, o enorme e crescente
público, cada vez mais leigo de conhecimento (pois informação existe até
demais!) passa a duvidar da Ciência, da UFOlogia, dos Ufólogos e adere à
chamada "pseudociência" e assim, assistimos ao nascimento de seitas, cultos,
movimentos, agremiações, etc, que passam a interpretar o fenômeno OVNI como
bem entendem, gerando um caos e uma distância cada vez maior de um
entendimento real sobre o fenômeno o que os que "estão no comando" parecem
querer, pois hoje temos provas suficientes de como a CIA e outras agências
se aproveitaram e ainda se aproveitam do fenômeno OVNI para testar suas
técnicas de guerra psicológica e controle de massas. Seria como alguém
(humano ou não) estivesse habilmente conduzindo o "dividir para vencer" e
assim, criando um chamariz aterrorizante (abduções) enquanto que uma legião
de "colaboradores" (contatados) é sutilmente criada e implanta as idéias
absurdas que vemos por aí. E note que estas pessoas perdem, muitas vezes, o
seu poder de questionamento, e passam até a não se sentir mais "terrestres",
encarando cada um de seu semelhante como um inimigo em potencial dos "irmãos
cósmicos". Claro que existem as exceções, pois acredito que um contato
inteligente e consciente entre civilizações diferentes não somente é
possível como também pode já estar ocorrendo há tempos!
Muitas pessoas que pesquisei sobre o assunto "Ashtar Sheran" dizem que os
extraterrestres estão “jogando” conosco o que eu considero plausível pois é
fato que, neste caso, quem detêm as cartas na manga são “eles” e que sem
nós, os outros “jogadores”, não existe “jogo” mas, é bom que fique claro que
estes tipos de “jogos” não são acontecimentos transparentes e estão
"viciados", isto é, são "jogos de cartas marcadas". Quem ler o trabalho do
Psicólogo Eric Berne, que "inventou" a Análise Transacional, talvez entenda
o que quero dizer. Uma das obras deste psicólogo trata do assunto "Games
People Play" que está ligado ao trabalho de outro grande pesquisador chamado
John A. Kell que escreveu o excelente livro "UFOS - Operation Trojan Horse".
Um dos capítulos deste livro se chama: "Games Non-People Play" (o "non-people"
seria uma referência a "extraterrestres") e isto, em palavras mais simples
significa que nós, seres-humanos, fomos lançados no "tabuleiro" de um grande
"jogo de roleta", aonde quem "dá as cartas" não é necessariamente "humano" e
aonde esta "roleta" pode estar viciada! Ocorre na sub-cultura dos
“contatados” uma espécie do conceito sociológico do termo “massificação” que
não tem nada a ver com “produção ou transmissão de algo em massa” e sim
seria a perda de proteção dos meios sociais intermediários, tornando o
indivíduo vulnerável a comandos vindos de fontes desconhecidas. Isto é algo
muito sutil e de difícil detecção, mas, é comum que nestes movimentos sempre
exista a presença dirigida por “entidades extraterrestres”.
Devido a isso que pesquisadores se assustam com o comportamento apresentado
por alguns "contatados" e "abduzidos", sobre o que falam em palestras e
congressos. São típicas táticas de propagação de "pensamentos alienígenas"
que podem ser altamente perigosos.
Não existe nenhuma contestação e/ou
questionamento sobre a origem da "mensagem", que sempre é de natureza
telepática. Para se ter uma idéia de onde o absurdo pode chegar, eu assisti
a uma recente palestra de Sixto Paz Wells aonde este mostrou uma série de
fotografias dizendo ser uma das colônias de extraterrestres. O problema é
que Sixto alegava que as fotos eram de Ganímedes, uma das luas de Júpiter
mas, na verdade, as fotos era de outra lua de Júpiter: Europa. Por várias
vezes ele repetiu, olhou para as imagens e nada falou e ninguém presente
sequer contestou (eu fiquei calado propositalmente para observar). É a isto
que me refiro quando digo que grande parte dos “contatos” com
“extraterrestres” são realizados com pessoas pouco instruídas ou
despreparadas e a provável razão é que assim não há possibilidade de se
criticar ou questionar qualquer tipo de informação passada por supostos
extraterrestres. Exemplo disso temos de sobra: Howard Menger, Hermínio e
Bianca, George Adamski, Rael, Barney e Betty Hill, Comando Ashtar, etc. Como
escreveu John Keel, se de um aparelho estranho, do qual saísse uma pessoa
também absolutamente estranha, pousasse no quintal de uma dona de casa de
classe média e dissesse a esta que é de Vênus, quem seria ela para contestar
isto? Iria acreditar, sim, que os extraterrestres vieram de Vênus, ou ainda
de algum Planeta em torno de estrelas inadequadas para se ter Planetas, como
as Plêiades ou ainda de uma estrela que não é uma, mas sim duas estrelas
binárias fraquíssimas como é o sistema Wolf 424, apontado como origem dos
ufonautas do caso UNMO, ocorrido na Espanha na década de 70. Este caso é
muito interessante pois nem os pesquisadores do exterior, gabaritados e
experientes da época, se deram ao trabalho de ver que a base de todo este
caso estava sustentada numa mentira dita pelos supostos extraterrestres ou
por quem inventou o caso; bastaria ter verificado sobres as estrelas do
sistema Wolf e descoberto a engenhosa armação e quem descobriu isto foi o
físico e ufologista brasileiro Alberto Francisco do Carmo.
Enfim, poucas são as pessoas que se dizem "contatadas" que estão
transmitindo idéias realmente positivas e com certa coerência. Certos
pesquisadores de renome dizem que "contatados" e "abduzidos" são a “Linha de
Frente” de propagação de idéias e totemismos de procedência incerta. Se são
extraterrestres, militares terrestres, jogos e táticas de guerra
psicológica, “entidades dimensionais” ou outra manifestação qualquer, ainda
não se sabe.
O que se sabe e muito bem, é que muitas das pessoas que se dizem
“contatadas” e que alegam manter contato com “Ashtar Sheran”, não adquirem
nenhum ganho ou benefício direto com isto; muito pelo contrário, tais
pessoas passam por exposição ao ridículo; crises nas relações interpessoais,
inclusive com ruína de casamentos e situação econômica; fenômenos do tipo “poltergeist”;
interferências em aparelhos eletro-eletrônicos por EMI (interferência
eletro-magnética); sensação de ser monitorado; estímulo a criar comunidades
alternativas ou epistêmicas que funcionam por algum tempo; instruções para
construir aparelhos estranhos; previsões de guerras e catástrofes e (com
exceção de alguns poucos “espertos”) não ficam ricos com tudo isso, pelo
contrário! Sabe-se também que quem manipula as situações de “contato” e no
caso de “Ashtar Sheran” pode-se constatar isso, conhece muito bem as
técnicas de PNL
E a outra face do fenômeno "Ashtar Sheran" ? Aonde entra? Será que no caso
da existência de extraterrestres e da possibilidade de que já estejam de
fato contatando alguns seres-humanos operariam desta maneira? Sem respeito à
vida humana? Será que a evolução de uma civilização Galáctica do Tipo II,
III e remotamente IV é ainda de disputas sociais, egos, competições e
guerras, como a epopéia fictícia “Guerra nas Estrelas”? Se o futuro de
civilizações hiper avançadas com uma tecnologia inimaginável para nós é
desta forma então o que esperar de nós, “simples” seres-humanos? Como seria
então o outro lado de "Ashtar Sheran" e do “contato” que investiguei e quais
as possibilidades da existência do mesmo? Isto tudo reside na real
possibilidade de que algo realmente de anormal e externo ao Planeta Terra
(aliá, hoje acredito até em externo a este Universo ou ainda Plano de
Ocorrência – Dimensão) esteja mesmo ocorrendo. Como uma das minhas
especialidades é em Física de Partículas, estou sempre em contato com
cientistas, pesquisadores e estudiosos do cada vez mais bizarro universo
quântico e a par das últimas descobertas a respeito que dificilmente são
compreendidas por quem estuda o tema, imagine então quem apenas gosta do
assunto, ou ainda uma pessoa totalmente leiga? Como explicar que 90% do
Universo é formado por algo que tem massa, é matéria mas é invisível e
ninguém tem a mínima idéia do que seja?
Diante de todas estas pesquisas e
informações, é totalmente cabível e prudente declarar então que o Fenômeno
OVNI é REAL. A chamada “hipótese extraterrestre” como responsável pelo mesmo
não invalida as demais. Tão pouco explica todos os casos. Porém, além de ser
a mais “simples e aceitável”, é a que tem recebido mais “respaldo” das
evidências apresentadas. Reais são as aeroformas; os seres; os efeitos
físicos advindos da interação OVNI-SER HUMANO; os registros em radar,
filmes, fotos; etc. As “abduções” e “contatos” também são reais. Se são
produto de somatizações, delírios mentais, estados alterados de consciência,
extraterrestres, entidades de outras dimensões, não se sabe, o fato é que
reais são as cicatrizes, os temores, as testemunhas independentes, as
marcas, etc. A “contaminação” de informação feita através de pessoas
inescrupulosas, ignorantes ou mesmo mal-(in)formadas não justifica o
ceticismo doentio que por vezes atinge a simples menção do tema e igualmente
condenável é o chamado comportamento “ufolátrico”. Sendo assim, o quarteto
conhecimento-percepção-discernimento-paciência parece ser a chave para que,
algum dia, possamos abrir as portas que encerram os mistérios deste
autêntico enigma que hoje responde pela classificação de Fenômeno OVNI.
Quando se estuda assuntos como "Ashtar Sheran" e “contatos” com
extraterrestres, é necessário entender que o importante não é não errar e
sim cometer erros diferentes e é por isso que enveredei por assuntos
paralelos ao tema que a princípio podem parecer que nada tem a ver mas, uma
atenta leitura e reflexão poderia gerar subsídios que se fossem realmente
compreendidos por quem se atreve a estudar o fenômeno OVNI ou por quem
insiste em rebatê-lo sentado confortavelmente em uma cadeira atrás de um
computador ligado a Internet, já teria nos tirado do marasmo de mais de 50
anos em que a UFOlogia se encontra e, quem sabe, já ter gerado as condições
necessárias para que um verdadeiro “salto quântico” acontecesse gerando
assim condições para que um “contato inteligente” ocorresse entre a
civilização do Planeta Terra e civilizações extraterrestres. Ao meu ver é
fácil compreender porque uma civilização mais adiantada em relação a nós e
que regularmente faz incursões por aqui, ainda não manteve um contato
oficial: não existe nível para um diálogo nem entre nós, seres-humanos que
habitamos o mesmo espaço de sobrevivência, imagine com entidades anos-luz da
compreensão humana? Quando nos “encontramos”, com certeza “encontraremos
eles”! Não se pode ter medo! Como disse o ex-governador do Distrito Federal,
Cristovam Buarque em seu livro “Na Fronteira do Futuro - O Projeto da UnB”:
“o medo e os riscos do ridículo são inerentes aos grandes saltos”.
O pouco que pude aprender nestes últimos anos, me deixou ainda mais
consciente de que representa apenas uma ínfima parte de um todo que NÃO PODE
ser conhecido numa única existência! Porêm, esta mesma diminuta parte, bem
compreendida não poderia ser a melhor conclusão obtida em uma existência.
Depois que se aventura neste fascinante terreno do Fenômeno OVNI que
insistentemente tenta nos tirar da grande “Matrix” que a humanidade construí
em torno de si, para justificar seus erros, vaidades e egoísmos, não há como
voltar atrás e fingir que nada aconteceu. O Universo dá ao ser-humano o que
ele, em seu coração, encontra e assim, é como a famosa cena do épico “Guerra
nas Estrelas”, aonde o jovem sedento por conhecimento rápido, Luke Skywalker
pergunta ao Mestre Yoda o que existe dentro de uma caverna escura e sombria
que ele deveria entrar e, o mestre, com astúcia e perspicácia responde: “lá
existe o que você levar consigo”!
ALTERNATIVAS POSSÍVEIS
As alternativas sobre “Ashtar Sheran” se resumem a dois pontos básicos para
tentar se chegar a uma possível compreensão do que realmente está ocorrendo:
- No caso da necessidade de provas sobre a existência ou não do suposto ser,
tais provas não seriam obtidas da forma tradicional que a pesquisa acadêmica
está acostumada, ou seja, o erro básico é insistir continuamente que o
Fenômeno OVNI e suas extensões sejam apenas um problema científico. A
ciência se preocupa da observação de fenômenos naturais que se modificam
aleatoriamente e sua posterior descrição, através da reprodução ou
compreensão das partes que nele integram. Se, por um momento, admitirmos que
alguns dos OVNI´s são “pilotados” por “extraterrestres” ou entidades
inteligentes, isto de imediato implica que o fenômeno está fora e muito alêm
do âmbito da ciência tradicional, pois não obedece a regras específicas e
nem aleatórias, pois está sendo operado e controlado por alguém e só este
“pequeno detalhe” já inválida toda a parafernália de metodologia científicas
vigentes: é fácil estudar um pássaro ou sapo em seu habitat; é fácil
capturá-los e dissecá-los em laboratório e é fácil concluir como eles
funcionam mas, não se pode realizar os mesmos procedimentos naquilo que não
responde a instintos naturais; naquilo que é controlado e manipulado. E é
neste ponto que insisto que temos de avançar para compreender os OVNI´s e os
prováveis “Ashtar Sheran´s” que se manifestam nesta nossa realidade
tridimensional. Colher casos; pesquisar; realizar vigílias e tirar
conclusões destas observações é lindo e maravilhoso, mas, está se esquecendo
que do “outro lado” do fenômeno pode existir algo ou alguém muito mais
inteligente do que nós que pode estar simplesmente “jogando” aquilo que
temos capacidade para processar e compreender, ou seja, qual é, para os
ufólogos, a maior fonte de informações sobre o Fenômeno OVNI? Não se
originam dos próprios OVNI´s, das testemunhas e vítimas de “contatos” e
“abduções” (ou seqüestros como preferem alguns)? Então, quem garante que a
informação adquirida, quer seja em modo consciente, quer seja através de
hipnoses regressivas é fidedigna e não implantada por hábeis mãos mágicas?
- O outro ponto reside no fato de que pessoas de várias etnias e credos que
mencionam ou fazem alusão ao suposto ser “Ashtar Sheran”, também não
significa evidência de sua existência. Sobre isto, temos as possibilidades
do que denomino "campos informacionais" (uma espécie de campo morfogenético)
e de transferência coletiva de informação; lendas; sonhos; e nada garante
que alguém não tenha obtido informações sobre o suposto ser, mesmo que seja
de forma inconsciente, que aliás é o estado que passamos a maior parte de
nossa existência! Todo relato não pode apenas se basear no caráter da
testemunha, tem de se avaliar o contexto em que o fenômeno está ocorrendo. É
na análise do contexto que estão os detalhes e é nos detalhes que estão os
fragmentos de explicação do Fenômeno OVNI. Hoje temos muitos detalhes do
quebra-cabeça espalhados pelo Planeta; resta-nos agrupa-los e encaixa-los
nos lugares corretos só que aqui tem outro detalhe! A própria ciência já
chegou a conclusão de que o todo é muito mais do que a soma das partes e
assim, montar todas as peças do quebra-cabeças dos OVNI´s, poderá nos dar um
quadro muito mais surpreendente e fascinante do que a soma das peças. Quem
sabe um dia!
E assim, estudar a existência deste e outros supostos seres é um trabalho
titânico e extremamente complicado, pois as variáveis são imensas e as
possibilidades de se "escorregar" e enveredar por becos sem saída é muito
grande. Para investigar este assunto não é conhecendo apenas o lado
científico da questão. O problema é muito mais de cunho sócio-cultural e
chega a ser preocupante. Por outro lado, deixar o assunto de lado e
considerá-lo simplesmente uma "farsa" ou "coisa de lunáticos" é realmente
uma tentação muito forte, mas, eu diria que é uma tentação perigosa e
leviana.
Uma possível conclusão é a de que se “Ashtar Sheran” foi uma invenção
ingênua, os rumos que tomaram são preocupantes. Se foi algo intencional, foi
muito bem bolado e planejado, pois tornou-se um excelente sistema
manipulador de mentes. Se foi ou é obra de "inteligências extraterrestres" é
um assunto delicado e sua pesquisa está alêm do estudo multidisciplinar,
entrando no transdiciplinar; atratores estranhos; bio e nanotecnologia;
mecânica quântica; teorias relativísticas; psicologia; parapsicologia;
teoria dos jogos entre outras e todas utilizadas em conjunto e não separadas
como no processo multidisciplinar e o tratamento das informações e
conclusões deve ser feito de forma mais imparcial e impessoal possível. E,
sempre tendo em mente que provar que “Ashtar Sheran” realmente existe, não
prova que este ser seria um extraterrestre! Assim como provar que um OVNI
existe não prova que em seu interior existam seres extraterrestres. Aliás,
neste mundo altamente manipulável em que nos encontramos, deveríamos
constantemente nos perguntar a quem interessa provar a existência de vida
Inteligente e Consciente fora da Terra? Ou será que nós também e ainda
acreditamos que não existem meios de se gerar energia de forma limpa e
econômica?
Uma coisa é certa o assunto “Ashtar
Sheran” não é apenas cultuado por pessoas "simples" ou "do povo". Artistas
de renome, internacional até, estão envolvidos nisso. Todos, sem exceção são
pessoas altamente manipuláveis e propensas a comandos autoritários anônimos,
como bem definiu Erich Fromm em seu livro “Medo a Liberdade” e
brilhantemente Theodor Adorno, em “The Authoritarian Personality”. A
classificação se encaixa muito bem em vários aspectos da questão ufológica,
na criação de grupos e seitas e no padrão seguido por muitos “contatados”,
principalmente aqueles que se dizem serem extraterrestres em missão na
Terra!
Pode-se observar, em grupos regidos por um comando central (seja
extraterrestre ou não) um verdadeiro fenômeno de transe hipnótico regressivo
onde a devoção, a cerimônia e a obediência são ditadas e utilizadas pelos
membros de uma elite de pessoas extremamente fechada. O comportamento destes
grupos são psicologicamente contagiosos, tanto no plano cultural como no
plano das crenças sociais e dessa forma, espalham-se através da massa
histérica, da massa hipnotizada e da mídia de massa. O psicólogo Gustavo Le
Bom afirmou: “Num grupo, muitos sentimentos e atos são contagiosos , e
contagiosos num nível que um indivíduo prontamente sacrifica seus interesses
pessoais em função do interesse coletivo”.
Theodor Adorno dá conta da psicologia
regressiva de grupos organizados que se ajustam à característica de
autoritarismo camuflado em “boas intenções”: o que acontece quando as massas
são carregadas por uma propaganda messiânica não é uma expressão espontânea
primária do instinto mas, uma revitalização quase cientifica de suas
psicologias – a regressão artificial descrita por Freud em sua discussão
sobre os grupos organizados. A coletivização e institucionalização do
encantamento, fazem a transferência mais e mais indireta só que a hipocrisia
da identificação entusiástica e a dinâmica da psicologia do grupo são
tremendamente incrementadas, por sentirem-se pessoas especiais, participes
de uma experiência fascinante e assim, se dispõem a fazer qualquer coisa,
inclusive ir contra sua própria identidade e espécie! Quem viu o filme "Independence
Day", deve se lembrar que os "colaboradores" controlados por "ufo-cultos"
eram aqueles que estavam no topo do primeiro prédio destruído! E, temos
trabalhos de peso que nos mostram bem este lado do ser-humano: pessoas
autoritárias adoram misticismos e "poderes"! Quem pensar um pouquinho vai
enxergar este tipo de conduta e posturas em várias pessoas bem aqui no
Brasil, algumas bem famosas, inclusive!
O conteúdo analisado de todo material que chegou às minhas mãos, como sendo
procedente de “Ashtar Sheran”, descontado os prováveis mentalismos, filtros
e paradigmas, mostra que algo de anormal está realmente ocorrendo e, como já
disse, as origens podem ser várias e até apostaria muito, em algumas. Um
exemplo do erro de tentar se interpretar algo, com uma visão limitada e de
acordo com a “nossa” lógica, baseada no conhecimento atual, está na típica
comunicação, atribuída a “Ashtar Sheran”, que nos anos 50/60, alertava sobre
os perigos da utilização da energia nuclear. Oras, alguns poderão dizer que
isto é óbvio, pois todos sabem destes perigos mas, nos anos 50 e até o final
dos 60, alguém realmente sabia? Pelo que eu saiba, foi depois de Chernobyl
em 1986, que o terror atômico ficou realmente conhecido pelo público em
geral! Outros ainda dirão que melhor do que alertar para os perigos da
energia nuclear, seriam os extraterrestres poder impedir o “aperto de
botão”; o lançamento de uma bomba ou ainda inutilizar todas as usinas
nucleares existentes! Oras, será então que a função de uma suposta entidade
extraterrestre é a de ficar intervindo como um “anjinho da guarda” em tudo
que os “moleques” humanos fazem de errado? Será que um pai ou mãe que
constantemente tem de intervir a favor de um filho, está tendo um
comportamento mais saudável do que alertá-lo e deixá-lo decidir seu próprio
caminho? Limitar o desenvolvimento do filho, cerceando suas ações é
produtivo? E após a morte dos pais, quem irá conduzir o agora dependente
filho? Quais são os limites da relação de dependência entre as formas de
vida? E mais ainda, quais são os limites de atuação de nosso
“livre-arbítrio” e o que significa e pode ser classificado realmente como
uma “interferência”? O que interfere mais: uma ação direta e concreta ou uma
“mensagem telepática” que não se sabe a real origem?
Claro que não estou querendo defender a existência de “Ashtar Sheran” e
outras supostas entidades e mensagens, mas sim, ampliar os limites de nossa
ignorância frente ao fascinante tema. Afinal, como diria Daniel Coleman, a
nossa realidade está conformada daquilo que somos capazes de sintonizar! E,
infelizmente não tem jeito: o cérebro humano é um “simples” detector de
energia eletromagnética e toda informação que chega até ele, é obtida pelo
sistema nervoso central que a obtêm de sensores bioelétricos, mas e, como
cada corpo biológico é diferente, as interpretações para um mesmo estímulo
externo, também o são! Felizmente, existem as percepções “extra-sensoriais”,
isto é, que acreditamos serem “extras” mas na verdade estão inclusas no
“pacote” genético humano, apenas ainda não aprendemos a utilizar
corretamente estes sensores e, sem utiliza-los de maneira adequada, com
frequência as nossas concepções se interpõem ante nossas percepções.
Ao longo deste trabalho, com certeza inacabado, tentei traçar o início das
referências a entidade “Ashtar Sheran” e ao modo como um acontecimento, que
pode ter sido real ou não, tomou inúmeros caminhos, versões, acréscimos e
cortes de acordo com a cultura, ignorância e esperteza de quem recebeu ou
viu neste assunto uma maneira de ficar famoso e rico. Mostrei também como o
público leigo, que também não recebe a mínima explicação da dita ciência,
fica literalmente perdido e passa então a duvidar dessa mesma ciência, da
ufologia, do governo e assim nascem as conspirações, seitas, ufo-cultos, etc,
que interpretam o que acham que estão percebendo, da maneira que querem e
como já deixou bem claro Hynek, é difícil, senão impossível entender o
Fenômeno OVNI com a nossa ciência atual. É preciso encontrar uma nova
fórmula para encarar o problema, e o primeiro passo é abandonar as idéias
pré-concebidas. Isso contrasta com o pensamento do físico e ufólogo Alberto
Carmo, quando diz que o Fenômeno OVNI é uma incógnita como outra qualquer,
mas, só se descobre se uma incógnita é válida ou não, quando ela verifica a
equação e para saber isso, tem-se de resolver a equação. Falar que a equação
“não existe” ou pior “que não tem solução” é uma heresia, na ciência e
então, ficar discutido se OVNI´s e “Ashtar Sheran” são ou não dignos de
estudo científico, é na verdade, uma questão de preconceitos interesseiros.
A idéia é fácil de entender: quando perguntaram a Wernher Von Braun porque
ir até a Lua, algo que era uma “loucura impossível”, ele simplesmente e
“cientificamente” respondeu “oras, porque ela está lá”!
retirado do
Ceticismo
Aberto
Algumas Mensagens de
Ashtar Sheran
"Temos muita
esperança de que a "Chama Crística" que arde dentro de todos os seres da
criação haverá de conduzir-vos ao mundo regenerado tão aguardado pelos
homens de boa vontade, que já são muitos neste planeta azul: bendita escola
de almas, a rodopiar pelo espaço cósmico, viajando em busca da Luz."
Ashtar Sheran
"Permaneçam unos com a vossa Essência Espiritual. Somente Ela, poderá
mostrar-lhes os novos rumos a serem seguidos por cada um!"
Ashtar Sheran
"O caminho para a bem-aventurança, é por demais simples: ame!"
Ashtar Sheran
"Tenhais a certeza de que nunca estivestes e nunca estareis sozinhos nesse
mister! Estamos convosco e temos a certeza de que em breve poderemos marchar
juntos, ostensivamente, pelo Universo afora, amparando outros irmãos que
estagiam nos degraus inferiores da evolução, impulsionados pela grandiosa
bagagem que auferimos nesta epopéia cósmica que vimos vivenciando
conjuntamente há tantos milênios, ou seja, a transformação do
planeta-azul-Terra em uma morada mais feliz."
Ashtar Sheran
"O conhecimento de si mesmo é indispensável, mesmo não possuindo a percepção
da vidência, é evidente que aquele que te acompanha é semelhante a vós!"
Ashtar Sheran
"O Todo está presente no ponto
central de vosso ser, pois nele perpassa a Vida infinita que a tudo une.
Encontrai o ponto de unidade absoluta de todo vosso ser, o ponto em vós em
que estão contidos todos os homens, e estareis a caminho de encontrar o
ponto onde o Todo se reflete."
Ashtar Sheran
"Se sabeis traçar o canal para vosso
Deus Interno, sabeis também, conectar o íntimo de todas as coisas. Se
sabeis, verdadeiramente, estabelecer sintonia vibratória, haveis superado o
Espaço. Por fim, se sabeis dominar os ciclos de manifestação e de retorno,
haveis superado o Tempo."
Ashtar Sheran
"Pois eu lhes digo: todos estão com a
Verdade em essência!... O Pai não faz discriminação entre os seres, portanto
não promove o contentamento de alguns e a discriminação entre os outros, não
promove a felicidade de alguns e a decepção de outros. Nenhum dos homens da
Terra está acima ou abaixo de outro ser do Universo!... Todos, sem exceção,
manifestam aquilo que compreendem na medida em que está ancorada à sua
consciência. É tempo de quebrar as ilusões e sorver a mais pura luz que
habita o interior de todas as coisas."
Ashtar Sheran
"Tudo é
questão de freqüência, abrindo os canais de percepção de uma nova realidade
que já existe, mas que seus olhos tridimensionais ainda não distinguem com
precisão. As diferenças entre os povos se dissiparão e todos serão motivados
por um só propósito, que é a Paz sem fronteiras. A maior dádiva de um ser é
descobrir Deus dentro de si... Nenhum canal contata uma energia que não seja
parte dele mesmo..."
Ashtar Sheran
"No Cosmo, tudo é ordem e harmonia, até a suposta movimentação que tenta nos
colocar à prova diante de nossa concepção: a desarmonia e a desordem."
Ashtar Sheran
"A Luz do conhecimento deve ser absorvida em cada etapa, em análise apurada
e construtiva da aplicação direta e da ação resultante. O conhecimento sem
direcionamento recai no endeusamento do ego e subida aos pedestais de si
mesmo."
Ashtar Sheran
"Muito além dos sentidos humanos, a
Verdade que professamos corresponde à pureza absoluta do entendimento sobre
as coisas que representa. É a cura num nível intencional e a forma em que o
pensamento glorifica sua capacidade Divina. A Verdade está, portanto, sobre
todas as coisas e sobre os sentidos do homem, sendo a essência do próprio
Amor."
Ashtar Sheran
"A Unidade Divina do Cosmo é representada por uma força capaz de tudo
modificar, harmonizar e equilibrar: a Paz. A vontade humana conduz o Amor
por caminhos infinitos, estabelecendo assim uma conduta de fraternidade e
entendimento do papel do Ser junto ao outro e junto à totalidade. Quando o
homem entender o sentido desse sentimento de Amor, prevalecerá em todos os
quadrantes dos universos a Lei Suprema da União em função do Plano Divino
nascido no coração do Pai."
Ashtar Sheran
"A Sabedoria, semente da Divindade, leva o Ser a conhecer o sentido exato
das relações denominadas humanas. Em função do exercício dessa sabedoria,
pautada no conhecimento e ditada pelo Amor, resulta numa ação de respeito,
fraternidade e compartilhamento. A consciência do Ser de que é parte do
Todo, eleva sua condição, refletindo na sua conduta e, por conseqüência, o
aprendizado da Luz no mundo é estabelecido. Isto é a essência do Plano
Divino numa Ação Correta."
Ashtar Sheran
"Identificado com a Criação e sua parte no Grande Plano, o Ser age com
sentimento de puro Amor pelo outro, pela natureza, enfim, pela vida doada
por Deus. Sendo a Não-Violência uma característica daqueles que perceberam a
função do Amor, a Harmonia com a totalidade à sua volta, passa a ditar a
forma de ser e ter, participação na Sinfonia Universal. Esta é a linguagem
da serenidade."
Ashtar Sheran
"Para tudo e com tudo, o Amor é o sustento, a base e a Fonte. Como sustento,
alimenta e é combustível (energia); como base é força (vontade) e na Fonte
refaz e cria (Deus-Pai)."
Ashtar Sheran
"A religião representa a re-ligação com a Fonte individual através da fé. No
entanto, o homem confunde a força da individualidade que mostra o caminho
com o ego exarcebado que dita a verdade bem particular, fugindo do real
sentido da totalidade pela Unidade. Os termos religiosidade e
espiritualidade são também confundidos com dois caminhos, quando o resultado
será um só caminho. A essência da religião é a condução para o Ser
espiritual, o qual liga-se direto a "usina" de forças Divinas. Este é o
crescimento, a evolução."
Ashtar Sheran
"As mudanças estão ocorrendo a todo instante, desde o início do homem no
planeta. O que acontece agora é a conscientização dessas mudanças, em função
de um fator universal: um salto quântico na evolução do sistema. Os
conceitos passam pelos próprios julgamentos, para, finalmente,
estabelecer-se o conhecimento a caminho da Sabedoria Plena. No íntimo, o
homem se descobre nas suas ilusões (maia), enfrentando suas "feras", de onde
sairá um Ser lúcido e modificado. Chega para este, com a rapidez de um raio,
o sentido do claro e do escuro, e com este sentido, a irremediável separação
do joio e do trigo. Somente após o trigo amadurecer é possível separá-lo do
joio. Se for efetuado este desligamento antes, o trigo não brotará. É a Luz
no seu processo de brilhar na escuridão de sua própria condição."
Ashtar Sheran
"Paz em todos os quadrantes e sobre todas as fronteiras."
Ashtar Sheran
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As primeiras mensagens a George Van Tassel
(em inglês)
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