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A humanidade numa encruzilhada Uma conversa com Gregg Braden, autor de The Spontaneous Healing of Belief e de The Isaiah Effect Por John David Mann
Gregg Braden divide-se entre dois mundos. A sua capacidade para encontrar soluções inovadoras para problemas complexos conduziu-o a carreiras de sucesso como geólogo na Phillips Petrolium durante a crise energética dos anos setenta, e como criador de sistemas informáticos na Martin Marietta Aerospace durante os últimos anos da Guerra Fria. Em 1991 tornou-se o primeiro Diretor Técnico de Operações na Cisco Systems. Ao longo dos últimos vinte anos, Gregg tem passado meses em alguns dos mais remotos e primitivos lugares da Terra, em mosteiros na Bolívia, Peru, Nepal, Índia e Tibete, explorando as relações existentes entre a ciência quântica e as antigas tradições religiosas. (“Enquanto os meus colegas faziam férias na praia,” diz Gregg, “a minha ideia de férias era uma peregrinação de 22 dias no planalto tibetano a mais de cinco mil metros acima do nível do mar.”) Este autor de sucesso é atualmente considerado um pioneiro na fusão entre os mundos da ciência e da espiritualidade. Recentemente falou conosco acerca da forma como o mundo atual se encontra numa encruzilhada e como o marketing de rede reflete essa mudança. J.D.M. Gregg, o trabalho que está a fazer ao nível da espiritualidade e do poder do pensamento representa uma ruptura com o seu passado mais técnico e corporativo, ou trata-se de uma continuação desse passado? Considero que se trata de um claro progresso. Sempre acreditei que não há diferença entre ciência e espiritualidade, que sempre que estudamos química ou física, estamos a aprender acerca da forma como Deus faz o seu trabalho no mundo. Nasci e cresci no Norte do Missouri, numa comunidade relativamente conservadora; este não era o tipo de assunto que as pessoas debatiam no seu dia-a-dia. No entanto, eu partia do princípio que toda as pessoas pensavam mais ou menos como eu e acreditavam nas mesmas coisas que eu. Como depressa viria a perceber, a verdade era bem diferente. Quando fui trabalhar para o mundo corporativo, apercebi-me de que a maior parte das pessoas acreditavam que a ciência e a espiritualidade estavam separadas – que temos de seguir a via da ciência ou a via da espiritualidade, que não podemos seguir as duas.
Mas acredita que esse ponto de vista está a mudar drasticamente? Absolutamente. Tem de mudar, e toda a gente sente isso. Toda a gente sente que algo está a acontecer, mas ainda não perceberam bem o que é. Há uma tensão subjacente que transcende fronteiras e países; em todo o lado as pessoas sentem que algo está a mudar. Houve uma conferência em 2005, “Crossroads for Planet Earth” (“Encruzilhadas do planeta Terra”), que juntou cientistas, engenheiros, filósofos e líderes espirituais e religiosos de todo o mundo, para debaterem a questão, “O que é que se passa? Estaremos perante uma paranóia de início do século XXI, ou estará realmente algo de invulgar a acontecer?” O impacto desta questão foi tão profundo que a Scientific American dedicou o seu número de Setembro de 2005 aos assuntos tratados na conferência. No simpósio, foram identificados seis cenários diferentes (alterações climáticas, ameaça de guerra nuclear, doenças incuráveis, etc.), qualquer um deles capaz de pôr fim à civilização e até à vida na Terra. Os nossos antepassados poderão ter lidado com um ou dois destes problemas em diferentes alturas. Mas o que torna este período da história tão singular é que estamos, segundo o simpósio, a experienciar as seis situações simultaneamente. Chegou-se à conclusão de que, se queremos sobreviver a este período, temos de descobrir como, nos próximos oito a quinze anos. “E a única forma de o conseguirmos,” foi dito, “é pensarmos em nós próprios e na nossa relação com o mundo de forma completamente diferente daquela que temos tido no passado.”
E isso tem a ver com a fusão do melhor do conhecimento científico com o melhor da sabedoria espiritual? Exatamente. Esta convergência de crises pode ser a nossa oportunidade para redefinirmos quem somos, como trabalhamos, e qual o nosso papel no universo. Tudo se resume à questão científica mais significativa do século XX: seremos observadores passivos, partículas insignificantes com muito pouca influência no mundo? Ou seremos criadores poderosos desempenhando um papel importantíssimo na forma como a realidade se manifesta? Interessante é a resposta para ambas as perguntas: “sim”. É determinada pela nossa maneira de estar, pela nossa vontade em aceitar a força que nasce conosco, para influenciar a qualidade das nossas relações, a cura dos nossos corpos, , o sucesso das nossas carreiras e a paz entre as nações.
Como indivíduos é fácil cairmos numa espécie de angústia existencial por nos sentirmos insignificantes. Está a dizer-me que nós adoptamos a postura “Sou insignificante” em termos sociais? Sim, acho que é um condicionamento do nosso subconsciente. Tornamo-nos uma sociedade baseada na ciência há cerca de trezentos anos, quando Sir Isaac Newton formalizou as leis da física. Desde essa altura, passamos a acreditar que somos seres impotentes, vítimas de um mundo em que tudo está separado de tudo o resto e em que pouco podemos fazer para influenciar o mundo que nos rodeia. Isto não é necessariamente algo de que falamos no bar com os amigos; é um condicionamento subconsciente com o qual todos nós temos de lidar um dia.
Aproxima-se da nossa abordagem à saúde e à medicina, à economia, ao ambiente, à geopolítica, a tudo. Certo. Toda a nossa civilização é baseada em duas falsas suposições fundamentais que continuam a ser ensinadas nas nossas escolas. A primeira falsa suposição diz-nos que o espaço entre as coisas é vazio. Nós dizemos que “Noventa e seis por cento do universo é espaço vazio”. A matéria poderá apenas chegar aos quatro por cento. A segunda falsa suposição diz-nos que a nossa experiência interior – pensamentos, sentimentos, emoções e crenças – não influencia o mundo para além dos nossos corpos. Está provado que ambas as suposições são totalmente falsas. Não se trata de teoria, mas sim de fatos científicos, devidamente documentados e publicados em revistas da especialidade. Só falta serem incluídos nos manuais escolares.
Está a falar da pesquisa acerca do “campo ponto zero”? Sabemos atualmente que existe um campo de energia que está na base de toda a existência física. A descoberta deste campo é tão recente que os cientistas ainda não chegaram a um consenso para a utilização de um único termo; já lhe atribuíram designações tão díspares como “o campo”, “a mente de Deus” e “a mente da natureza”. Em 1944, Max Planck, o pai da teoria quântica, chamou-lhe “a matriz”. Também sabemos que possuímos a capacidade de “falar” numa linguagem que ressoa nesse campo, uma linguagem não verbal de sentimentos e crenças dos nossos corações. Quando fazemos isto, produzimos cura física no interior das nossas células. A chave é sentir os sentimentos de uma forma bastante exigente, como se o resultado do desejo dos nossos corações já tivesse acontecido. Isto coloca em ação uma resposta no interior dos nossos corpos em que a química corresponde ao sentimento. Da mesma forma, quando nós produzimos os sentimentos corretos como se a nossa carreira já fosse de grande sucesso, os nossos relacionamentos e as nossas parcerias passam a ser as ideais, e nós passamos a ter no nosso caminho as pessoas certas que nos ajudarão a atingir os nossos objetivos da melhor forma possível. Isto põe em ação um mecanismo nesse campo que permite que os nossos desejos se tornem realidade. Assim que percebemos este mecanismo, ele torna-se uma ferramenta tecnológica e nós podemos usá-la de forma consistente e repetidamente.
Esta abordagem está ligada ao seu trabalho com as orações nas missas e com o foco em grandes grupos? Exatamente. O mesmo princípio aplica-se tanto a relacionamentos, como à cura do corpo e à paz entre as nações. Se queremos influenciar os resultados, podemos pedir aos nossos corações o sentimento que lhes corresponde, como se o resultado fosse já uma realidade, em vez de pensarmos em engendrar o resultado de forma sistemática. Se quiser construir um vaivém espacial ou cozinhar uma tarte, terá de o fazer passo a passo. No mundo físico, por vezes temos que juntar diversos elementos, seguir uma sequência para, pouco a pouco, edificarmos aquilo a que nos propusemos. Mas no mundo quântico do pensamento, emoção e crença, estes princípios não se aplicam. De fato, o que se passa é o oposto; temos que identificar clara e concisamente qual é o resultado, porque o universo não consegue acertar num alvo em movimento.
Nós fomos ensinados a pensar em termos estratégicos. No entanto, está dizer-me que a esse nível, a realidade transcende a estratégia e que influenciamos os resultados ao começarmos com o fim em mente. Certo. Tudo fazemos para que tal aconteça; não podemos ficar de braços cruzados. Mas estamos a passar de uma visão puramente newtoniana de resolver problemas, acreditando que tudo está separado e que devemos trabalhar para atingirmos os nossos objetivos, para uma maneira de pensar quântica, na qual nos identificamos clara e objetivamente com os resultados. Possuímos um conjunto de vídeos bastante convincentes que mostram a rapidez com que o mundo físico responde a esta linguagem. Num dos vídeos, vemos uma mulher a quem foi diagnosticado um tumor cancerígeno inoperável, na presença de três especialistas treinados na linguagem de que estamos a falar. Através de ultra-sons, podemos visualizar o tumor a dissipar-se e literalmente a desaparecer do ecrã.
Isso acontece por ação do poder dos pensamentos? Não se trata de pensamento, mas sim de sentimento – um sentimento tão poderoso que o tumor responde e dissipa-se em menos de três minutos. E não se trata de um fenômeno excepcional. Isto é feito com tumores cerebrais e da bexiga a toda a hora nesta parte da China. O mesmo princípio aplica-se quando se juntam pessoas para levar paz a uma determinada região, ou quando se pretende obter sucesso num determinado projeto ou negócio.
É interessante que fale de um sentimento e não de um pensamento. A literatura de sucesso usa o termo “think” (pensar) – Think and Grow Rich (“Pense e fique rico”), The Magic of Thinking Big (“A magia de pensar em grande”), As a Man Thinketh (“Tal como um homem pensa”). Mas pensar tende a ser sequencial. Trata-se de um crescimento natural da nossa sociedade dominada pelos homens, orientada esquematicamente e baseada na tecnologia e no lado esquerdo do cérebro. Não admira que nós peguemos nestes princípios e os tentemos levar para o domínio do pensamento; deriva dos nossos condicionamentos. Eis a conclusão a retirar daqui: o nosso mundo é feito de campos eletromagnéticos de informação. Se queremos mudar alguma coisa neste mundo, temos de comunicar no interior desse campo eletromagnético. É interessante notar que a ciência descobriu recentemente – e isto tem sido publicado em revistas especializadas ao longo dos últimos anos – que o coração é o principal gerador de campos elétricos e magnéticos do corpo humano.
Então a linguagem tem estado certa o tempo todo! Trata-se de uma coisa do coração. Os nossos cérebros geram um campo elétrico e um campo magnético, mas são relativamente fracos quando comparados com os do coração. O campo eléctrico do coração é cerca de cem vezes mais poderoso que o do cérebro, e o campo magnético do coração é cerca de cinco mil vezes mais poderoso que o do cérebro. Os nossos manuais escolares dizem-nos que se queremos alterar os átomos da matéria física, temos de alterar o campo eléctrico ou o campo magnético; o coração altera ambos.
Alteramos o íman, e a limalha é alterada também. Absolutamente. É por isso que sentir é muito mais eficaz que pensar. Na nossa sociedade, somos levados a acreditar que os sentimentos e as emoções são ineficazes. Tem sido dito aos homens para não os terem, e tem sido dito às mulheres, “Se os tiveres, que seja longe, onde não incomodem ninguém!” Mas fora da nossa sociedade encontramos o oposto. Nos mosteiros do Tibete, por exemplo, diz-se que os sentimentos são a força mais poderosa do universo. Num mosteiro, perguntei a um monge, “Segundo a vossa tradição, qual é a força que faz a ligação entre todas as coisas do universo?” Ele respondeu com uma única palavra. Pensei que era um erro de tradução, por isso pedi ao tradutor que lhe perguntasse novamente, e ele respondeu com a mesma palavra: “Compaixão”. Eu disse, “Espere aí. A compaixão é a força da natureza que faz a ligação entre todas as coisas do universo, ou isso é algo que experienciamos nos nossos corações?”. Após o tradutor se ter assegurado de que ele percebera exactamente o que eu estava a perguntar, o monge voltou a responder com uma única palavra: “Sim”.
Como é que incorporou essas experiências no seu trabalho corporativo? No meu trabalho com as grandes empresas, acontecia frequentemente fazer parte de projectos com sérios problemas tanto ao nível do cumprimento de prazos como orçamentais. Os princípios que eu vi em acção nos mosteiros do Tibete permitiam-me ultrapassar todos esses dilemas de forma a concluir os projectos com sucesso. Após algum tempo, ocorreu-me que esses mesmos princípios podiam ser aplicados num contexto muito mais alargado.
O que é que o fez chegar a essa constatação? Os últimos anos da Guerra Fria foram um período assustador. Ainda que as pessoas não se tenham apercebido disso, nós estivemos muito perto de uma guerra nuclear. De facto, pelo que eu sei isso aconteceu duas vezes. Ao constatar quão próximos estivemos de destruir tudo aquilo de que gostamos, apercebi-me de que este era como qualquer outro projecto com problemas. Comecei então a pesquisar formas de aplicar os princípios de que me servi nas salas de reuniões da Cisco e da Martin-Marietta, num projecto que decidimos designar como “a vida e a consciência no século XXI”.
"Somos uma família e precisamos uns dos outros."
Quando descartamos as falsas suposições que mencionou – quando percebemos que o espaço não é vazio, e que o nosso mundo interior pode exercer um forte impacto sobre o mundo exterior – que diferentes tipos de comportamento emergem dessa mudança? Começamos a perceber que tudo está interligado, e quando tomamos decisões já não pensamos apenas em nós próprios, quer seja no contexto familiar, comunitário ou mundial. O mundo não é apenas os Estados Unidos. A próxima geração estará impregnada por esta nova compreensão, mas a geração actual é única no sentido em que ambas as perspectivas estão presentes simultaneamente na actualidade. Algumas pessoas mantém-se firmes nas crenças de há trezentos anos, enquanto outras evidenciam mais abertura à nova compreensão, mas esta geração como um todo engloba ambas as perspectivas. E isto remete-nos para as “Encruzilhadas do planeta Terra”. Estamos a ser confrontados com desafios sem precedentes que apenas serão resolvidos se tivermos consciência de que fazemos parte de uma comunidade maior – que, quer queiramos quer não, somos uma família e precisamos uns dos outros.
Numa estrutura de marketing de rede somos todos independentes. No entanto, devemos aprender a interagir num campo de, provavelmente, centenas de milhares de pessoas. Estaremos perante um prenúncio de uma forma diferente de nos organizarmos enquanto sociedade? Absolutamente. Por mais complexo que o nosso mundo pareça e por mais que nós tentemos separar os negócios da vida, da física e do universo, todas estas áreas são baseadas nos mesmos princípios fractais. Um talo de brócolos é um exemplo perfeito de um padrão fractal. Um pequeno rebento de brócolos é parecido com o ramo do qual ele provém, que por sua vez é parecido com o talo maior que lhe dá origem – exactamente o mesmo padrão em diferentes escalas de grandeza. Parece que todas as formas de vida operam dessa forma, incluindo o corpo humano. O que é benéfico para uma célula do corpo humano é igualmente benéfico para todo o corpo. O mesmo se passa em relação à sociedade: o que é bom para um individuo, também é bom para a sociedade. Quando ajudamos os outros, também nos ajudamos a nós próprios. Em 2004 escrevi o livro The God Code (“O Código de Deus”) acerca dos princípios unificadores que nos unem enquanto família neste planeta. Nesse livro cito mais de 400 estudos científicos independentes, publicados em revistas especializadas, na tentativa de determinar se somos ou não uma espécie violenta por natureza, ou seja, se a competitividade faz parte da nossa verdadeira natureza. Os resultados de todos esses estudos foram unânimes: não somos uma espécie violenta e competitiva por natureza. Contudo, descobriu-se que trairemos a nossa natureza benevolente e cooperativa, e tornar-nos-emos violentamente competitivos na presença de qualquer uma das três condições que se seguem: 1) quando nos sentimos ameaçados; 2) quando sentimos que as nossas famílias são ameaçadas; ou 3) quando sentimos que o nosso estilo de vida está ameaçado. Isto pode ser constatado, por exemplo, em locais como o Iraque ou os territórios Palestinianos, onde as pessoas tipicamente experienciam todas estas condições. Será esse tipo de conflitos violentos inevitável? De maneira nenhuma: esse não é o nosso estado natural, mas sim um comportamento resultante daquelas condições.
Sob ameaça, perdemos de vista a nossa natureza fractal – nós pensamos que o egoísmo e o altruísmo são direções mutuamente exclusivas. Começamos a pensar que existe espaço vazio a separar-nos. Outra conclusão a retirar desses estudos diz-nos que todas as espécies na natureza podem retirar benefícios da cooperação. Quando se comportam de forma cooperativa, os indivíduos das diferentes espécies produzem mais descendência, vivem mais tempo e melhor. Descobriu-se que acontece o mesmo com populações indígenas de todo o mundo: a longevidade e a qualidade de vida aumentam quando existe cooperação na procura e na partilha de comida, água e outros recursos. Os mesmos princípios podem ser aplicados aos negócios: quanto mais podermos cooperar, mais benefícios retiraremos. É disso que trata o marketing de rede.
Como é que vê a manifestação dessas duas formas de pensar? No mundo da política, temos pessoas que apenas olham para o seu próprio espaço, e outras que pensam de forma mais global. Temos cientistas que apenas se preocupam com o que é bom para a América, e outros que se preocupam com o que é bom para o mundo. Especialmente interessante é o facto das nações com maior peso nestas questões se estarem a preparar para eleger novos líderes nos próximos dois anos. Ao longo dos últimos cinco anos, estive em todos os continentes exceto Antártida e Groelândia, e o que eu encontrei em todo o lado foi pessoas prontas para algo mais do que o sofrimento, a guerra, os conflitos e o medo que experienciámos ao longo do século vinte. Se essas pessoas conseguirem satisfazer a sua vontade de transformar as suas vidas através do processo eleitoral, veremos estes princípios espirituais manifestarem-se rapidamente na arena mundial.
Humanity
at a Crossroads To download the article Click Here. Traduzido por Luís Filipe Oliveira, de Portugal
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